Descrição
Dentre os arranjos que hoje estão operando no âmbito da proposição de tecnologias em saúde com foco na reformulação dos processos de trabalho no Sistema Único de Saúde brasileiro, estão as práticas hoje denominadas como “apoio”. O presente artigo é resultado de uma investigação dos efeitos que os investimentos públicos na formação de trabalhadores do SUS têm produzido nas redes de saúde, tendo como campo de pesquisa os processos de formação de apoiadores institucionais promovidos pela Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção do SUS em três estados brasileiros (São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), entre os anos de 2008 e 2009. O processo investigativo buscou analisar, junto aos participantes dos cursos, conexões entre o exercício da função apoio e os processos de mudança nas relações dos sujeitos com seu trabalho em saúde, bem como identificar novos processos e práticas de trabalho em desenvolvimento nos territórios pesquisados. Vimos que os processos formativos produziram um acionamento de mudança, que avançou singularmente em cada um, em cada processo, produzindo peculiares modulações da experimentação do apoio - as quais corroboraram o sentido de abertura e de inacabamento próprio a essa metodologia.