Nos caminhos do SUS
Começo essa postagem falando um pouco do que está me movimentando ultimamente… Como já escrevi por aqui em outro momento eu e outros acadêmicos estávamos envolvidos em um estágio de vivência da realidade do SUS o VER-SUS, comentei apenas que este estágio aconteceria aqui na minha região, mas depois não divulguei como pretendia os caminhos por qual seguimos. Bom, posso dizer que foi uma experiência maravilhosa, discutimos políticas públicas, conhecemos serviços de saúde, municípios, vivenciamos como usuários, problematizamos, vivi intensamento o SUS durante os 9 dias que ficamos reclusos em um hotel e aprendi muito e fiquei cada vez mais apaixonada e motivada a seguir por esse caminho.
Hoje a pouco mais de um mês dessa vivência percebo algumas coisas sendo delineadas pela experiência do VER-SUS, como meu tema do Trabalho de conclusão de curso, o qual tem relação direta com o contato com um PSF de Santa Maria durante um dos dias da vivência. Percebi uma equipe com um conhecimento enorme à cerca da população, mas sem conhecer os caminhos a seguir pela rede, principalmente dos serviços de saúde mental do município. Por outro lado o usuário lá daquele PSF vai buscar uma equipe de um CAPS, por exemplo, que o acolhe e faz um trabalho solitário sem buscar aquelas informações que a equipe do PSF possui e possibilitar uma troca de saberes compreender outros aspectos daquele sujeito, etc.. Certamente alguns pontos "desconectados" quase à deriva deixavam de potencializar essa relação entre serviços e com isso perdem-se muitas possibilidades de trabalho com esse usuário, sua família, comunidade.
Pretendo então acompanhar alguns desses serviços e entender como se dá (ou não) essa conversação entre os serviços aqui em Santa Maria e pensar estratégias para potencializar essa rede.
Recebi um texto escrito pelo Ricardo Teixeira como indicação: "As redes de trabalho afetivo e a contribuição da saúde para a emergência de uma outra concepção de público" que vem de encontro com essas ideias e vou seguindo por aí as experimentações e vivências pelo SUS!!
AbraSUS!!
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Oi Tathiane,
Penso que as trocas relacionais que vão se fazendo entre os equipamentos é que concretizam e fazem uma "cola" do desejo por uma boa prática. Isso parece, à primeira vista, meio psicologizante se apenas considerarmos uma parte da questão da integração da rede.
O desejo que produz o contágio pelo trabalho faz parte das tecnologias de que dispomos. E o vejo com muita substância em você! Manda bala!!!
Iza