E se a Redução de Danos fosse uma diretriz da PNH?

13 votos

E se a noção de que cidadania faz bem à saúde fosse estendida às pessoas que usam drogas? E se investíssemos na livre organização de pessoas que usam drogas?

E se levássemos realmente à sério a idéia de que as pessoas que usam drogas devem participar da elaboração e fiscalização das políticas elaboradas justamente para elas?

E se compreendêssemos, de uma vez por todas, que o extermínio de pessoas que usam crack não deve ser considerado como algo normal,aceitável? E se entedêssemos o papel do "dispositivo droga" no genocídio de jovens homens negros e pobres, bem como no domínio yanke em terras colombianas, ou no domínio policial das favelas?

E se realmente acreditássemos que os CAPSad devem investir numa clínica psicossocial? E se nos rebelássemos contra a noção de que as pessoas de quem cuidamos sofrem de uma "doença" com o bizzaro nome de "dependência química"?

E se nos caísse a ficha de que não há a menor possibilidade de enfrentar a dependência "química" com uma clínica "psicossocial"?

E se aceitássemos o desafio de construir uma clínica "COM" as pessoas que usam álcool e outras drogas, ao invés de uma "clínica das toxicomanias", construída "PARA" os "toxicômanos"?

E se a Redução de Danos fosse considerada como uma diretriz da Política Nacional de Humanização?

Perguntas ao pé do ouvido, em tempos de preparação para a IV Conferência Nacional de Saúde mental – Intersetorial.

 

[  ]s

Dênis

www.denispetuco.com.br