Saúde do trabalhador é tema do Curso de Apoiadores da PNH no Piauí

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Apoiadora Maria Vieira e Consultor Erasmo Ruiz

 

Saúde do Trabalhador é tema do Curso de Apoiadores da PNH

O II Módulo do Curso de Formação de Multiplicadores da Política Nacional de Humanização-PNH, que está acontecendo desde ontem(20) no Hotel Água Limpa em Teresina, com 50 participantes de diversos municípios, traz o psicólogo, especialista em Tanatologia, Erasmo Ruiz, e a assistente social, Annatália Gomes, como ministrantes para falar sobre Saúde do Trabalhador, Qualidade de Vida e Valorização dosTrabalhadores.

O Curso é uma iniciativa da Secretaria Estadual da Saúde e Ministério da Saúde.
A temática traz a discussão sobre quem cuida da saúde do cuidador. Segundo Erasmo Ruiz,  a origem do nome trabalho significa tortura (tripalium) e culturalmente acostumou-se a pensar em trabalho como algo cansativo, dificil, algo que não é fácil. "Desde os tempos mais remotos, o trabalho vem como significado de coisa ruim, o que permite uma não disposição para o mesmo, uma ênfase no desconforto. Chega uma hora que o trabalho produz uma sensação de mal estar para o cuidador. Quando esse cuidador está exposto ao estresse, turnos alternados, produz problemas de saúde os mais variados".
Erasmo Ruiz explica que quando o profissional encontra no trabalho fracos vínculos com o processo de trabalho, acarreta na precarização das relações de trabalho e instáveis formas de contratação, perda dos direitos de proteção ao trabalhador, tudo isso tem um espaço propício para o desenvolvimento de doenças, dor e sofrimento.

Apoiadora Maria Vieira e a Consultora Annatália Gomes

 

Na maioria dos casos, segundo ele, os tratamentos são paliativos, individuais, intervenções pontuais, o que não resolve.
Ele recomenda ações coletivas, interferir nos processos de gestão do trabalho, trazer ao centro da cena não apenas o trabalhador(individual), mas a sua categoria(conjunto que estabelece com o processo produtivo, com os objetos de investimento em seu trabalho. " O importante é perceber que no processo de gestão, possui pessoas trabalhando com necessidades, desejos, interesses, saberes, o que segundo ele, requer  enfatizar políticas públicas coletivas para melhorar os modos de estabelecer as relações de trabalho e dar ênfase a Política Nacional de Humanização-PNH.
Ruiz aponta como saída o trabalho como intercessão entre o planejar, decidir, executar e avaliar, atividade e gestão da atividade não se separam, a produção deve ser de sujeitos. O que é importante é construir protagonismos nos sujeitos. Segundo ele, pensar a dor e o prazer no trabalho em saude inclui pensar a especificidade de um outro produto que é a saúde como coisa pública e saude como produtora de vida.


Erasmo Ruiz ressalta a PNH como mudança, melhoria nos modos de atender os usuários e os modos de gestão dos processos de trabalho. "Atuar nos procesos de trabalho signfica atuação coletiva, programa de formação em saude do trabalhador: comunidade ampliada de pesquisa-CAP e elaboração de Mapa de Risco.