III Modulo do Curso de Apoiadores da PNH no Piauí discute Gestão da Saùde e humanização
Segundo Ana Eulálio, a lógica da organização do sistema está pautado não somente no município, mas na região e aponta como saída o fortalecimento do pacto pela saúde. Ela coloca que nesses 22 anos de implantação do SUS, houve muitos avanços a maioria deles pautados nos princípios da universalidade, integralidade e equidade. Ela crítica a participação social . “O que temos observado na prática é que os Conselhos Municipais de Saúde tem se tornado uma instancia frágil, com pouca qualificação, incapaz de efetivar o controle social no SUS, requerendo uma redefinição de estratégias para garantir a efetividade da participação social”.
Ela ressalta que o Pacto traz a possibilidade de um novo compromisso federativo com o desafio de promover inovações nos processos de atenção e gestão e alcançar a maior efetividade com eficiência e qualidade da resposta, com respeito às diferenças loco-regionais.; qualificação do acesso da população à atenção integral à saúde, com compromisso da gestão, organizando o Sistema não numa perspectiva local, mais regional”.
Torna-se fundamental o fortalecimento da regionalização de forma a garantir a atenção desde o nível primário até o terciário, com respeito as diferenças. O Pacto vem garantir a atenção integral do individuo e cabe ao município garantir acesso do cidadão em todos os níveis de atenção, seja ofertando o serviço no município ou pactuando com outros municípios, visando a organização dos serviços numa perspectiva regional e não somente local.
O Pacto hoje é um instrumento que a população brasileira possui para que o SUS seja concretizado numa perspectiva cidadã. Ela aponta como essencial a cooperação técnica entre as partes, com a regionalização solidária e cooperativa, como eixo estruturante de descentralização com maior transparência para o controle social e maturidade política na gestão publica.
Ela acrescenta que a PNH vem como proposta para completar a reforma na saúde que vai exigir que nós, profissionais de saúde e gestores, façamos uma revisão das práticas de trabalho, para que sejam menos alienantes e mais construtivas, sempre numa perspectiva da construção da cidadania.