Gestores e Trabalhadores do SUS Piaui discutem humanização em Curso de Formação com Eduardo Passos

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O segundo dia do Curso de Apoiadores da Política Nacional de Humanização-PNH que está acontecendo no Hotel Água Limpa em Teresina-PI, apresenta o Consultor do Ministério da Saúde, Eduardo Passos, que traz a discussão da necessidade da institucionalização do SUS para avançar no processo de humanização e produção de saúde para todos. Estão participando 50 representantes de hospitais, gestores e profissionais de saúde do Piauí. A meta é formar multiplicadores da Política Nacional de Humanização em todo o Estado e melhorar a atenção e gestão no SUS.

 Para Eduardo Passos, “humanizar o SUS é mais que institucionalizar o SUS, é garantir vivo o espírito da reforma sanitária”. Com isso, ele complementa que é preciso que o SUS vá se transformando junto com as necessidades da população brasileira.  Ele levanta a discussão da necessidade de humanizar para enfrentar as graves lacunas quanto o acesso universal e equânime aos serviços e bens de saúde e atenção integral ä saúde.

“Para também, modificar o quadro de desvalorização dos trabalhadores da saúde, de precarização das relações de trabalho (baixo investimento em educação permanente, baixa implicação no processo de gestão). Além de romper com a fragmentação e a desarticulação das ações e programas de humanização.

Para ele, humanizar é valorizar os sujeitos (usuários, trabalhadores e gestores) para que eles sejam co-responsabilizados pela produção de saúde  e aumentar o grau de responsabilidades com estabelecimentos de vínculos solidários e de participação coletiva na gestão. “Na prática, precisamos mudar os modelos de gestão e atenção”’.

Ele apresenta o Projeto de Humaniza SUS como uma proposta de uma nova relação entre os usuários, gestores e trabalhadores. “Ele entende que o SUS não pode realizar suas tarefas(universalidade, integralidade e equidade) sem os modos de fazer da PNH que são a transversalidade, inseparalidade entre atenção e gestão e valorização do trabalho e dos coletivos em rede”.

“Esse debate está sendo importante para percebermos os problemas da rede de saúde, onde os diferentes atores, os que trabalham na atenção básica, na média  e alta complexidade precisam sentar para conversar e discutir soluções concretas para melhorar a atenção e gestão”, Acrescenta Eduardo Passos.