Intelectuais e artistas se unem em ato pró-Dilma no Rio
Car@s, foi lançado o Projeto de Governo de Dilma para a Saúde! Abaixo, um compilado de textos sobre a movimentação no Rio na noite desta segunda-feira.
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Com a rara presença do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, que só perdeu em aplausos para o arquiteto Oscar Niemeyer, mais de mil artistas, intelectuais e militantes reuniram-se ontem em um ato em apoio à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, no Teatro Casa Grande, tradicional ponto de encontro e espetáculos da esquerda carioca, na zona sul do Rio. Os manifestantes entregaram à Dilma um documento com mais de 10 mil assinaturas, muitas delas de eleitores de Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), no primeiro turno.
Chico Buarque fez um rápido pronunciamento com elogios à Dilma e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Essa mulher de fibra, que já passou por tudo, não tem medo de nada. Vai herdar o senso de justiça social, um marco do governo Lula, um governo que não corteja os poderosos de sempre, não despreza os sem-terra, os professores, garis. Um governo que fala de igual para igual com todos, que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai", disse.
“O caminho do desenvolvimento econômico, social e cultural é o da Dilma. A alternativa (José Serra) é o obscurantismo, é a intolerância, é a repressão, é o caminho do fascismo”, disse o escritor Emir Sader, um dos organizadores do ato a favor da candidata do PT. Ao falar sobre o evento, Sader explicou que a idéia era retomar “o caminho do Canecão em 2002 e do Canecão em 2006” quando diversos artistas e intelectuais saíram em defesa da campanha do atual presidente. Ele pediu desculpas para as pessoas que não conseguiram entrar (cerca de 400 pessoas, segundo seguranças da casa) no teatro, que tem 926 lugares e onde havia muita gente em pé.
Quem mais se aprofundou foi Leonardo Boff, que discursou por mais de meia hora. “Eles ficaram montados sobre o poder durante 500 anos. O Lula entrou e 21 milhões saíram da pobreza: é toda a torcida do Corinthians. E 32 milhões saíram da classe média: é toda a torcida do Flamengo”, brincou. “Para elevar a metáfora, equivale a uma França. É uma magnitude histórica de grande relevância”. Boff, que enfatizou ser amigo do presidente há mais de 30 anos, ainda argumentou que estão em confronto duas propostas para o país.
“Se a oposição ganhar, nós vamos ter imensos retrocessos. O que a classe dominante não tolera é que alguém que veio da pobreza chegue à Presidência. Para eles, um peão como o Lula tinha que estar na fábrica”, afirmou.
Em seu discurso, Dilma procurou marcar as diferenças de sua candidatura e a de Serra: "Nós não achamos que crescimento social é uma alegoria de mão ou um anexo. É isso que nos distingue radicalmente dos nossos adversários", afirmou. Dilma insistiu no discurso de que os tucanos retomariam o processo de privatização se voltassem ao poder. "O que está em questão nessa eleição é o que eles farão com o pré-sal e também com a Petrobras. Além do manifesto de artistas e intelectuais, a petista recebeu outros dois documentos de apoio à sua candidatura – um organizado por advogados e outro por religiosos.