CONSTRUINDO A POLÍTICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO POPULAR E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES DE SAÚDE

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OFICINA DE CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO POPULAR E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES DE SAÚDE
O município de Fortaleza tem se constituído como referência no campo da educação popular e das praticas integrativas e complementares através de ações protagonizadas pelo Sistema Municipal de Saúde Escola via as Cirandas da Vida e das Redes de Atenção Básica e Saúde Mental. As práticas de terapia comunitária, massoterapia, Reiki, farmácia viva, entre outras, além da construção das Ocas Comunitárias viabilizam o diálogo entre o saber técnico e popular.

Visando corresponder as necessidades apontadas, o Conselho Municipal de Saúde e a Coordenadoria de Políticas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza realizarão no dia 18 de fevereiro de 2011, a partir das 8hs, na Escola de Saúde Pública do Ceará (Av. Antonio Justa, 3161 em Fortaleza/CE) a I Oficina de Construção da Política Municipal de Educação Popular e Práticas Integrativas e Complementares de Saúde.
Neste sentido faz-se necessário a construção de uma Política Municipal para a sustentação das ações já desenvolvidas, potencializando sua ampliação e fortalecimento a qual está ancorada em políticas já efetivadas nacionalmente pelo Sistema Único de Saúde como a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC e a Política Nacional de Educação Popular em Saúde – PNEPS – observa Reginaldo Alves das Chagas, coordenador das Políticas de Saúde de Fortaleza.
Para Elias José da Silva, coordenador das Cirandas da Vida, a idéia inicial é promover o debate junto ao Controle Social, apresentar o caminho percorrido até aqui, os avanços e os desafios que esta política vem construindo, tendo as Cirandas da Vida como um ideário simbólico e concreto da saúde como direito e como qualidade de vida, da educação popular articulada as práticas integrativas como paradigma que fortalece a política de humanização e a educação permanente. Toda esta mobilização envolve os movimentos populares de saúde e estabelece conexões e interfaces com os espaços acadêmicos e populares de nossa cidade.

A prática e a teoria

Indicam novo saber

Reconstróem no dia a dia

A alegria de viver

Uma rede de cuidado

Faz a Vida acontecer!

Além de apresentar os princípios e diretrizes que orientam a sua construção a PMEPPICS estabelece responsabilidades, nas quais a educação popular em saúde é colocada como referência prática, estratégia política e orientação metodológica para as ações do Sistema Único de Saúde no âmbito do município de Fortaleza – Enfatiza Vera Dantas, Médica e Educadora do Sistema Municipal de Saúde Escola. Vera acrescenta ainda que a política em construção define objetivos e diretrizes gerais e específicas para cada grande área de atuação das práticas Integrativas e Complementares, a saber: Homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa e suas várias técnicas tais como: acupuntura, do-in, shiatsu, tai chi chuan, entre outras; Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Reiki, Massoterapia, Geoterapia, Arteterapia, Terapia Comunitária,Resgate da Auto-estima, Biodança, Praticas de Afro-religiosidade e Saúde e outras praticas populares de cuidado.
Espera-se que a PMEPPICS contribua com a afirmação da integralidade, da humanização, da equidade e do protagonismo popular nas práticas educativas, de gestão, controle social e de cuidado desenvolvidas no âmbito da SMS Fortaleza.
 
A Educação Popular em Saúde apresenta-se como projeto político emancipatório e compromissado com a construção de uma sociedade justa e equânime, protagonizada por sujeitos ativos, críticos e participativos. Identifica-se que os princípios gestados pela concepção freiriana como a solidariedade, a humanização, o diálogo, a construção compartilhada de saberes, a emancipação e a afetividade são fundamentais para a formulação e a implementação das políticas de saúde.
 
Esta base teorica é um resumo do Termo de Referência que vai a debate. E junto com uma sistematização, que visa construir o marco legal adicionamos neste post uma linguagem que vai ao encontro do cuidado, da arte poética e da humanização, como forma de expressar a diferença complementar que a política em construção sugere:
 
VIVÊNCIA NA RODA DE ACOLHER
 
O olhar da gestão alcança o olhar do cidadão
As mãos do gestor seguram as mãos dos cidadãos e cidadãs
A missão da gestão é cuidar do cidadão
A missão do gestor é escutar e dedicar atenção
O trabalho da gestão se faz missão de acolher
 
O nosso cuidado te atinge benfazejamente
Somos o cuidado que acolhe a CIDADÃ E O CIDADÃO
Somos um olhar que enxerga e valoriza a população
Somos ouvidos que escutam e compreendem
Somos mãos predispostas a cooperarem
 
Somos fazedores do serviço público
Promovemos políticas humanas e sociais
Somos servidores humanizados
Somos um olhar ampliado para acolher
Não somos máquinas, somos gente como você
 
Somos facilitadores
Nos trabalhos que realizamos
Não somos complicadores
 
E assim juntos, a gestão e os cidadãos
Acolhem-se e se complementam
A gente se acolhe e se abraça
A gente se articula nesta energia coletiva
E a cultura da participação popular acolhe os nossos olhares
E os que vêm até nós são acolhidos e valorizados
 
Nós fazemos um sistema humano de trabalho e serviço
Nós queremos participar e comungar do bem estar da comunidade
Nós quereremos cada vez mais "ir ao encontro"
Nós precisamos uns dos outros para sermos felizes
O outro é o nosso ponto de luz e de equilíbrio
 
Sem o outro nós somos menos EU
Com o outro nós CONSTRUÍMOS as bases do SER MAIS.

 Elias J. Silva – Coordenador do Programa Cirandas da Vida.

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