Integralidade
Fala-se com frequência da importância em considerarmos o contexto de vida do paciente, para que seja possível a busca de um auxílio eficaz; o termo historicidade repete-se em debates relacionados à Psicologia Social e Psicologia da Saúde, estimulando-nos ao pensamento aberto, não cultivado ou pronto, que impossibilitaria o olhar amplo que a saúde de cada indivíduo ambiciona.
A partir do momento que temos em mente a importância de um diálogo nivelado entre profissional da saúde e paciente, abre-se uma porta para a proposta de Integralidade, abordada no movimento sanitário brasileiro, onde são estimadas práticas sociais e de saúde em abordagem conjunta. Sendo assim, parte-se da necessidade de ruptura com um conceito errôneo de integralidade, onde o integral seria a união da patologia e o ser biológico, mas devemos observar o “ser integral”, dentro de sua cultura, história, condições sócio-econômicas e familiares. Considerando também a perda de identidade que é refletida pelo adoecimento, no qual, o próprio paciente não se reconhece como doente, assim, investigar vivências que sejam possíveis geradoras do abatimento.
Mapear a demanda e a necessidade de acolhimento em um contexto social e de saúde seria um passo importante para direcionarmos ao atendimento humanizado, com o real entendimento de integralidade.
Referência: Os Sentidos da Integralidade na Atenção e no Cuidado à Saúde, Sayd,J.N. Physis: Rev. Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 12(1):179-203,2002.
(Resenha de Os sentidos da integralidade na atenção e cuidado à saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO/UERJ, IMS, 2001.)