O artigo de Isabel Trindade e José Teixeira, intitulado “Psicologia da Saúde Infantil”, aborda a psicologia da saúde de uma forma geral, trazendo seus principais aspectos. Para eles, esta inclui tanto a saúde física quanto a saúde mental, que além de abranger todo o campo da medicina, ultrapassa-o, levando em conta os fatores sociais, ambientais, culturais, bem como todos os relacionados com o processo saúde/doença. Afirmam ainda que a abordagem psicológica em saúde implica a consideração simultânea do sujeito, da família, dos dispositivos de segurança social e do suporte comunitário.
Tendo como base esses pressupostos, citam a psicologia da saúde infantil e caracterizam a mesma como uma “área de investigação e de intervenção relacionada com os aspectos psicológicos da saúde e da doença, em crianças”. Para Trindade e Teixeira, a abordagem desenvolvimentista e a família assumem grande importância no tratamento. Nesta área pode-se incluir: promoção da saúde e prevenção, confronto com procedimentos médicos indutores de estresse, influência da família na saúde das crianças e comportamentos de adesão.
Todos estes aspectos podem ser investigados dentro desta área do saber e para que tais intervenções e sejam eficientes se faz necessário, segundo os autores, implementar a formação em psicologia da saúde infantil, durante os cursos de graduação. Nestes, sugerem que devem ser incluídos, além de uma introdução à mesma, ações de formação profissional que desenvolvam competências para a intervenção em áreas específicas da psicologia da saúde infantil, levando em conta os diferentes contextos em que crianças e (adolescentes) possam estar inseridos. Aqui, o papel do psicólogo é, entre outros, sensibilizar os técnicos de saúde que trabalham com crianças e adolescentes para os aspectos envolvidos em suas práticas profissioanais.
