DIÁRIO DE ESTUDO: contando histórias sobre a psi da saúde

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Ola. É a primeira postagem do que chamamos de "Diário de Estudos" da disciplina de Int. a Psicol. da Saúde. Como professor da disciplina, joguei a proposta na roda e os acadêmicos se interessaram. Na dinâmica que estive pensando, não teria sentido solicitar que escrevessem sobre os temas e textos e não me colocasse no lugar de tb falar sobre algum assunto. Afinal, pensar sobre como escrever na Rede é movimentar o pensamento, o que não é tão facil e corriqueiro em nas propostas educativas que tenho visto e vivido nesses anos de escolarização.  Ver a forma como escrevo talvez facilite a escrita da turma, entre outras coisas…

Vamos ao tema: história da psicologia da saúde. O texto que trabalhamos foi da SPINK intitulado  "A psicológia da Saúde – a estruturação de um novo campo de saber". É a segunda vez que trabalho a partir desse material. Para mim, a leitura não é tão agradável, mas dá conta de trazer algumas problematizações, diferente de propor uma históriografia, com datas, eventos, marcos…Ou seja, traz uma história que para mim e aos fins da disciplina, acho que funciona.

Em minha pouca experiência como docente, uma das coisas que optei é não contar o texto aos alunos. Cheguei a fazer isso algumas vezes até chegar a essa conclusão. Eu tentava retomar o raciocínio do autor com os alunos, destacando argumentos principais… agora me limito a dizer das coisas que acho importante destacar, ou seja a perspectiva que tive do texto a partir das coisa que me atravessam…

Por aqui tentarei escrever nessa linha, com o desafio de não deixar mto grande o texto. Abaixo algumas idéias do texto já com minha forma de coloca-las:

Há várias informações importantes no texto, algumas visiveis p/ quem atua no campo da saúde. Por exemplo, que no início houve uma transposição do modelo clínico tradicional qdo os psicólogos começaram a atuar em serviços de saúde. Ainda hj é comum ver isso, e com profissionais não mto antigos não. Um coisa que pensei, e qdo o profissional está no SUS e sequer quer saber que há algo de diferente a fazer, que não o que faz no consultório? 

Outra situação apresentada é que inserção inicial do psi em hospitais reforçou uma atuação conforme o modelo biomédico…

Mas o que achei interessante, mesmo, foram as entradas dadas para pensar na formação e seus efeitos em relação a atuação dos profissionais. Essas entradas me fizeram pensar nos rumos para o trabalho nessa disciplina… 

SPINK fala de três problemas em relação os desenvolvimento de um marco teórico à psi da saúde. O 1º refere-se a uma formação essencialmente centrado na modelo psicodinâmico, numa clínica tradicional, com ausência de discussões acerca da saúde pública e da organização do sistema (lembrei da minha formação onde pude ver SUS apenas em uma aula. Isso que me formei em 2004). O 2º diz respeito a concepção de sujeito, este sendo tomado com a-histórico, abstrato e fora de seu contexto, e a ausência da discussão acerca de temas macrossociais a qual dificulta a compreensão dos diferentes determinantes (eu gosto da idéia de agenciamentos, mas o texto não fala disso) envolvidos nos processos saúde-doença. O 3º diz respeito a hegemonia do saber médico tradicional (modelo biomédico), na autoridade médica, na desqualificação do saber do usuário, da crença nas ciências naturais… 

Ufa, quanta coisa. Não queria que ficasse grande assim mas foi o possível. 

Enfim, a primeira postagem de nosso diário. Não é tão facil essa escrita, mas aí está.

Abraços e fica o convite aos interessados em contribuir conosco.

Douglas