A saúde e suas interfaces.
O acesso a saúde e suas interfaces.
Inicio meu comentário de hoje colocando em voga questões relacionadas à qualidade da vida humana, especialmente a que se refere ao bem estar físico mental e social dos sujeitos.
A partir deste contexto entrelaço o meu olhar ao olhar da sociologia, o qual acredita que para um povo ter auto realização, qualidade de vida e poder despojar de bem estar precisa que suas necessidades básicas sejam atendidas. É a famosa pirâmide, na base tem que ter acesso a educação, alimentação e saúde para que no ápice possa estar a auto realização.
Inspirada neste viés é que penso no acesso a saúde em um nível mundial, tal reflexão torna-se angustiante, pois trata-se da existência de uma lacuna na base da pirâmide e o que de fato me causa espanto é que tal lacuna faz parte da realidade de vida não só de países periféricos e desenvolvidos, mas também de países centrais estando entre eles uma das grandes potências mundiais os Estados Unidos da América, parece até uma metáfora, mas não é, ao mesmo tempo que os americanos tem tudo não tem nada. De que adianta ter acesso as melhores tecnologias, faculdades, cinemas, shopins, restaurantes, carros, casas enfim, se lhes falta uma das bases da pirâmide ( o acesso a saúde), parece mesmo uma metáfora, pois toda vez que um norte americano adoece ele que tinha “tudo” passa a ter “nada”. Os médicos da melhor universidade do mundo a de Harvard que descobrem inúmeras curas e que utilizam os instrumentos mais sofisticados do momento e os hospitais não estão disponíveis a eles.
Enquanto isto seus vizinhos Cubanos sem terem acesso a um terço do eles tem disponibilizam de um médico a cada quarteirão bem como farmácias e acesso a medicações. Difícil é acreditar que um americano com tudo o que disponibiliza dentro de seu país precisa por vezes refugiar-se em Cuba do famoso Fidel Castro (figura odiada entre os americanos) para ter acesso a um médico e ao tratamento do qual necessitam.
Realizo o desfecho da reflexão acima exposta pensando nas possíveis causas de tais interfaces para o contexto do acesso a saúde. Entre estas causas uma em especial me causa inquietude: a de perceber o quanto somos passivos diante do sistema capitalista.
Por Douglas Casarotto de Oliveira
Oi Aline, seja bem vinda!
Pegando o final do teu texto, fiquei pensando num aspecto que vemos qdo estudamso saude coletiva, mas que em outros momentos da formação não tem espaço. Me refiro a indissociabilidade entre clínica e política… ou seja, a forma como produzimos nossas práticas podem tanto contribuir pra manutenção de todos os aspectos ligados a exploração da saúde como mercadoria, como podem ser meios pra fazermos resistencia e produzir outras formas de cuidar, pautados a partir de uma perspectiva ética…
Fica o desafio de nos instrumentaliza-los com ferramentas que potencializem uma atuação que produza essa diferença…
abraço
douglas