Hospital Giselda Trigueiro no 10º Congresso da Rede Unida de 06 à 09/05.
DISPOSITIVOS ESTRATÉGICOS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NA GESTÃO PARTICIPATIVA EM HOSPITAL DO SUS.
Shirley Monteiro & Thaisa Wancy
Resumo: Apresentamos experiência de Educação Permanente na Saúde (EPS) como diretriz de trabalho no SUS, dentro da gestão hospitalar participativa. O trabalho em questão deriva de Projeto de Intervenção para qualificação da Educação Permanente (EP) em Hospital público, de forma que partimos da escuta com gestores e trabalhadores do hospital, para definição da problematização em pauta a qual evidenciou expressões de sofrimento por parte de trabalhadores que lidam com o adoecimento grave, e a morte. Estas expressões refletem sofrimento difuso, e sentimentos de impotência relativos às próprias ações cotidianas do cuidado, assim como solicitações de capacitação e aprimoramento profissional. Este desafio nos impôs a missão de buscarmos práticas que fomentem re-significação do trabalho no SUS, e subjetividades mais fortalecidas na produção do cuidado em saúde. Embora trabalhando com a Cogestão, que fomenta a participação de todos nas ‘Rodas de Conversa’, observamos que as capacitações até então, se davam a partir do planejamento de gerentes/coordenadores, devido à timidez e resistências de muitos trabalhadores da ponta. Nesse sentido, buscamos melhor caracterizar as ações de EP no hospital, articulando-se estratégias metodológicas mais inclusivas, participativas e pró-ativas; buscando-se sujeitos potencializados e co-criativos na ‘produção do trabalho como produção de vida’, ainda que distanciados das Rodas. Nosso objetivo é evidenciar como ações de EPS podem acontecer a partir de planejamentos amplamente coletivos e singulares, dentro do cotidiano dos processos de gestão do trabalho na saúde. O Projeto de Intervenção em andamento inclui rede colaborativa com docentes da Saúde Coletiva, e como resultados já alcançados, criamos e validamos dois Instrumentos de Avaliação para diferentes fases das atividades de EP, os quais consideramos dispositivos de tecnologia pedagógica ativa e participativa capazes de fomentar construções coletivas, de forma co-responsável com grande amplitude de trabalhadores do Hospital: O ‘Instrumento de Escuta Pré-Capacitações’ promove participação do público-alvo na elaboração dos conteúdos programáticos das oficinas; e o ‘Instrumento de Avaliação Pós-Capacitações‘ busca evidenciar e conhecer a percepção dos trabalhadores quanto à existência de mudanças reais no seu cotidiano vivencial de trabalho, dois meses após realizada uma atividade de EP. Apostamos em EPS, enquanto ação pró-ativa de protagonismo dos trabalhadores do SUS.
Por Silvane Maria Caldart
Colegas, trabalho no Hospital Santa Teresinha de Erechim, Rio Grande do Sul, no GTH desde 2006, sempre em linha de frente, gostaria de saber mais sobre o conteudo programatico das oficinas, a periodicidade e o publico alvo.