RHS PÕE PNH NA MÍDIA, E QUE BELO ENCONTRO!
No dia 15/08/2012, foi ao ar às 16 horas, por um programa da TV dos Trabalhadores de São Bernardo do Campo, podendo também ser acompanhado ao vivo e com participação pela internet pelo site da emissora, https://www.tvt.org.br e pela Rede HumanizaSus, https://redehumanizasus.net, um programa sobre saúde e redes sociais, enfocando a RHS.
De forma simples, clara e bacana Ricardo Teixeira e Dalton, que incrementam a rede, com a participação do Coordenador Nacional da PNH Gustavo Nunes, precariamente plugado no Acre, aonde participava de um evento, conseguiram passar a ideia da PNH e da RHS dentro dela, o potencial da rede e sua importância para a PNH, a forma de utilizá-la e as potencialidades que ela proporciona, bem como de sua proposta de ser um espaço de plena cidadania e, por isto, de formação. Rede de inteligência coletiva, agregado de experiências e espaço de troca de êxitos, de questionamentos, de reflexão, enfim, máquina expressiva.
Para os mais aprofundados na filosofia política contemporânea, as falas podiam ser consideradas como uma aula prática sobre o trabalho imaterial e de como ele pode potencializar desvios de capturas, acreditando na aposta de espaços abertos para que a inteligência coletiva, nesta afecção, possa criar redes de redes que, libertas do controle midiático e utilizando este mesmo canal midiático, fomentam cidadania, comunalidades e rodas de rodas em miríade de mundos possíveis e incompossíveis que se enfrentam, conjugam, conseguem compor.
Aula prática de que a PNH se fundamenta na inclusão das diferenças, não para homogeneizá-las, não para padronizá-las, não para equilibrá-las em um controle normatizador, mas certa de que, neste fervilhar de intensidades afetivas, novas humanidades possíveis se ponham em ação em novas PNHs que surgem daqueles que se autorizam, em sua própria experiência, a dizer com toda propriedade e certíssimos: Eu sou um apoiador da PNH.
Afinal não é no por em movimento o que está bloqueado, produzindo potências de subjetivação outras, nem subjetividade luxo, nem subjetividade lixo como diz Suely Rolnik, mas subjetividades que se afetam no e com o acontecimento, desviando-se do instituído repetitivo, tornando-se assim instituinte em efetuações de possíveis, que o trabalho do apoio como a PNH entende se põe em ação? Não é mesmo por se estar afiliado formalmente à PNH que se define na prática um apoiador, mas sim na potencialidade de sua ação. Apoiador da PNH é todo aquele que deseja um SUS que dá certo e, tirando leite das pedras, orienta sua ação neste sentido.
Deixei lá meus parabéns à emissora e o desejo de que eles investissem mais nesta discussão.
Como entendi do que ouvi, sintetizaria à lá Lazzarato, a PNH entendendo que a noopolítica é o diagrama de poder da sociedade de controle, sai na frente e ousa deixar que o seu público se forme, se informe e, por que não?, se deforme ao seu bel prazer num espaço que aposta na efetuação de mundos possíveis.
Por isto, parabéns à emissora e a todos os convidados e a todo o público que assistiu e participou ao vivo, pois foi uma demonstração de que os meios midiáticos também podem ser ferramentas de formação.
Por Ricardo Teixeira
Grande Miguel!
Uma alegria essa sua estréia na RHS, com sua escrita profunda e leve ao mesmo tempo.
Quero destacar, em especial, a inspiradora definição de "apoiador da PNH" que você nos propõe:
Não é mesmo por se estar afiliado formalmente à PNH que se define na prática um apoiador, mas sim na potencialidade de sua ação. Apoiador da PNH é todo aquele que deseja um SUS que dá certo e, tirando leite das pedras, orienta sua ação neste sentido.
Huuuu!
Grande abraço,
Ricardo