Capacitação em educação popular em saúde Manaus/Am
O despertar de um novo ser
Educaçao popular, o que falar dessa experiência? Inacreditável, surpreendente, estranho (como sabiamente colocou uma companheira), convidativo, transformador, todos esses adjetivos podem ser atribuidos aquele momento de descoberta.
No fundo ecoava em tom grave "… escuta, escuta, o outro a outra ja vem, escuta, escuta, cuidar do outro faz bem…" como um mantra pronunciado que aos poucos entrava pelos ouvidos e alcançava uma consciência adormecida, acostumada a falar, a gritar sua próprias verdades, e derrepente, não mais que derrepente, como uma explosão de emoções, um "big bang" de criação de um universo novo a ser explorado, um tambor, tornava-se translucido no despertar de um ser novo, de cabelos negrinhos, como poderiam dizer uns, surge um simples homem de pés em percatas, de passos firmes e em frente continuava "…escuta, escuta…", no susto de um momento, uma outra força surge em meio a mutidão, que espantosamente acorda em palmas, por uma voz mais aguda e firme, de uma mulher que poderíamos dizer "exótica", me disseram – é medica! surpreso por minha própria ignorância, por um instante, quase não acreditei, obriguei-me a me dispir de rótulos e conceitos para poder ver a pessoa por trás do título, em sua identidade mais natural, a humana. Diante de tudo e de todos vi uma paixão dispertar em minha natureza, vi em histórias contadas numa tenda, lágrimas que insistiam em derramar, vi em circulos conceitos perfeitos e inperfeitos se conectarem, vi em ervas e unguentos o poder de curar, vi em cânticos, não tão afinados, o poder de tocar, e no toque energizado o poder de relaxar e aproximar.
Minha história, tua história, nossa história, hoje já não sei mais onde começa, onde termina, mas será que isso importa? hoje sei que a história de todos será a história de um quando todos somos um!
Obrigado queridos mestres por passarem por aqui.
Por Luciane Régio
Lindinaldo, tu chegas com belas palavras. Recheio de vida compartilhada e trazes muitos contigo! Vejo Manaus aqui do RS 🙂
Abraços,
Luciane