Promoção de Saúde
Essa atividade, foi proposta na disciplina de Psicologia da Saúde ministrada pelo professor Douglas Casarotto no 7º semestre do curso de Psicologia -FISMA, tem como objetivo problematizar um artigo contido nos Anais do I Seminário da Política Nacional de Promoção à Saúde (que ocorreu em 04 a 06 de dezembro de 2006, em Brasília) e, sucessivamente, produzir uma postagem relacionada com o tema Promoção à Saúde.O texto que escolhi foi: “ A Relação Público-Privado para a Promoção da Saúde” – autoria de Lêda Lúcia Couto de Vasconcelos.
O artigo trás a ideia de prevenção de saúde, que seriam as condições básicas de vida digna e adequada para o indivíduo, e que com a promoção de saúde vem à prevenção de doenças, mas tanto uma como a outra são enfoques complementares ao processo saúde-doença, tanto no plano individual como no coletivo. Segundo Vasconcelos (2006):
“A promoção à saúde é a busca de condições de vida dignas e adequadas; aponta para processos individuais favoráveis à qualidade de vida e à saúde; orienta-se ao conjunto de ações e decisões coletivas que favoreçam a saúde e a melhoria das condições de bem-estar. O objetivo contínuo é um nível ótimo de vida e de saúde. Na promoção, temos a ação preponderante de governos, movimentos sociais e organizações não profissionais. Por sua vez, a prevenção de doenças orienta-se mais às ações de detecção, controle e enfraquecimento dos fatores de risco ou fatores causais de grupos de enfermidades ou de uma enfermidade específica; seu foco é a doença. Na prevenção, temos uma ação preponderante de profissionais de saúde.”
De acordo com Czeresnia (2003), perspectivas enfatizam outra dimensão do discurso e promoção de saúde ressaltando a elaboração de políticas públicas intersetoriais, voltadas à melhoria da qualidade de vida das populações. Promover a saúde alcança, dessa maneira, uma abrangência muito maior a que se refere o campo específico de saúde, incluindo o ambiente, além de elementos físicos, psicológicos e sociais.
Podemos dizer que a promoção de saúde associa-se a valores como: qualidade de vida, desenvolvimento, solidariedade, democracia, participação e parceria, valores que podem fazer a diferença quando falamos em saúde.
“A Carta de Ottawa (I Conferência Internacional sobre Promoção à Saúde, 1986) estabeleceu um marco referencial importante em todo o mundo. Segundo ela são condições e recursos fundamentais para a saúde: paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. Esclarece, além disso, que a Promoção da Saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde. A Carta de Ottawa propõe cinco campos centrais de ação: elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis (equidade em saúde e distribuição de renda); criação de ambientes favoráveis à saúde (meio ambiente e cidade); reforço da ação comunitária (participação popular); desenvolvimento de habilidades pessoais (educação para a saúde); e reorientação do sistema de saúde para a concepção da promoção à saúde.” (VASCONCELOS, 2006).
Pensando nesses aspectos de promoção e prevenção de saúde, podemos dizer que isso ainda é um assunto muito instigante e que vem se ampliando com o decorrer do tempo, cada vez mais estratégias e ações estão sendo desenvolvidas para que promoção tenha um fortalecimento, isso se torna um desafio para que a prevenção de doenças se torne cada vez mais eficazes, para uma melhor e mais apropriada qualidade de vida.
“Além disso, algumas ações desenvolvidas em Aracaju podem ser citadas como estratégias para a Promoção da Saúde: a promoção de caminhadas intersetoriais de combate ao lixo ou de prevenção de doenças ou como atividade regular; a utilização da cultura popular para processos educativos; as estratégias de educação permanente para os profissionais de saúde e para a população; a academia da cidade, em vários locais, para prática e acompanhamento de exercícios; a busca de parcerias com o setor privado para o desenvolvimento das atividades.” (VASCONCELOS, 2006).
Portanto, essa busca a saúde se remete a uma ampla dimensão, levando em conta a sociedade, sua cultura e ética. Devemos buscar a vivência das comunidades e a partir delas surgirão planos cada vez mais eficazes para que ocorra a promoção de saúde.
Referências Bibliográficas :
CZERESNIA, D. O conceito de Saúde e a Diferença entre Prevenção e Promoção. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Anais do I Seminário sobre a Política Nacional de Promoção da Saúde. 4 a 6 de dez/2006. Brasília, DF, 2009.
Por Luciane Régio
Bem-vinda, Marcielle, à RHS!
Que alegria encontrar alguém de Itaara e aluna do Douglas aqui também. Ontem, estive com mais duas alunas da Fisma que devem chegar com posts, já indicando que começou mais uma turma dessa disciplina. Ideia genial do Douglas! Conectá-los nessas conversas que rolam aqui. Certamente, o tema da Promoção de Saúde é algo que nos desafia pensar sobre a subjetividade do trabalho em saúde. Os modos singulares de viver, o que podemos, exatamente, definir como promoção de saúde? E o conceito de saúde se expande… O que é saúde?
Que bom, vamos conversando…
Bjos,
Luciane/Coletivo de Cuidadores/Editores da RHS
[Coord. Reg. Política de Saúde Mental, na 4ª CRS – estamos perto!!]