Agradecer e despedir
Compas da PNH
Vivemos um momento muito intenso, para nós em especial do eixo 3. Hoje é o último dia da consultoria de Ana H. na PNH e, consequentemente, seu último dia como co-coordenadora do eixo 3. É momento, portanto, de despedida e de agradecimento. Despedir-nos da coordenadora tenaz e sempre atenta aos processos, vigilante e cuidadosa no acompanhamento das ações do eixo 3. Agradecermos à amiga que soube desempenhar esta difícil tarefa dando-nos a garantia da solidariedade e da parceria efetiva e afetiva, encarnada no gesto amigo. Agradecer e despedir, sabendo que o que foi tecido junto, na co-fiança, é condição para a continuidade de nossa aposta comum, nossa amizade, nossa sintonia com o que nos é causa, princípio, diretriz e, sobretudo, modo de fazer. Construir uma política pública não é tarefa de alguém, de um indivíduo, mas só se realiza no comum que nos une, que faz emergir a dimensão coletiva do que é res-publica. O sujeito coletivo é o ator desta missão e cada um de nós tem, como integrante desta aposta e deste percurso, o compromisso de manter o movimento seja de uma maneira seja de outra. Sabemos que Ana continuará de outra maneira entre nós – como um dos nós da rede.
Obrigado, Ana
Um bj
Edu Passos
Por Erasmo Ruiz
Querida Ana!
Tenho pouco a acrescentar ao carinhoso post de Edu. Gostaria apenas de ressaltar uma impressão muito pessoal. Nesses anos todos encontrei poucas pessoas capazes de articular pensamento e emoção. Embora a dicotomização absoluta dessas categorias seja psicologicamente falsa, os educadores parecem valorizar muito o “pensar” como mais importante, talvez um substrato da nossa forte herança iluminista. Nesse pouco tempo de PNH sempre admirei muito sua capacidade crítica mas acima de tudo sua maneira de expor e de se expor com o pensamento sempre caregado de emoção, com o olhar de quem sabe que pode e deve continuar contribuindo para mudar o mundo. Lembra-se daquela célebre frase de Gramsci?
“O elemento popular sente, mas nem sempre compreende ou sabe; o elemento intelectual sabe, mas nem sempre compreende, muito menos sente. O erro do intelectual
consiste em acreditar que se possa saber sem compreender e,
principalmente, sem sentir e estar apaixonado (…). Não se faz
política-histórica sem esta paixão, isto é, sem esta conexão
sentimental entre intelectuais e povo-nação”.
Parabéns Ana! Você traz a marca de quem conseguiu produzir essa síntese! Você pode estar saindo das reuniões ou das viagens mas com certeza vai continuar por aqui, pensando de maneira apaixonada!
Beijo do ERASMO