Algumas possibilidades da PNH para disparar – articular movimentos de luta contra as tiranias no ensino da saúde
O espaço de ensino é um espaço em que hegemonicamente predominam situações inaceitáveis no SUS e, menos ainda, nos espaços de formação. Não adianta o espaço de formação incorporar discursos morais se a prática é cruel e não está em análise.
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Pensar propostas – TEMAS DA PNH nos processos de formação:
1. DES-cobaiamento / des –objetificação> todo estudante deve ter como primeira tarefa pedir autorização para o procedimento / tratamento / contato. O atendimeto por profissional é um direito do cidadão. O hospital de ensino / ambulatórios fazem parte do SUS. O serviço de saúde-ensino deve disponibilizar profissional todo paciente que nao desejar ser atendido por estudante. (denunciar espaços de ensino com setor privado inacessível)
2. Enfrentamento dos inúmeos casos de re-afirmação da humilhação social: filas dos ambulatórios por ordem de chegada (sem hora marcada sem critério de risco), discussão de caso na frente do paciente nos leitos e nos ambulatórios, procedimentos de aprendizagem em detrimento do paciente (busca aprendizado a partir da melhor atenção possível), problematização de humilhação de mulheres vítimas de violência, parturientes, tortura de pacientes considerados “bandidos” . Denominações pejorativas com grande carga de preconceito e reprodução de valores de classe: PIMBA Pé Inchado Mulambo Bebâdo Atropelado ou Pobre Indigente mendigo Bebado e Atropelado (orkut – odeio bobagens no PS).
3. Definição de equipes interdisciplinares para o espaço de ensino. Aprender a trabalhar em equipe implica em estudar/trabalhar nas equipes (espaços de interação e definição de responsabilidades – coordenação e equipe de referencia).
4. Enfrentamento do debate – nas escolas de saúde – em torno da cultura que atribui qualidade do profissional a busca de uma postura “neutra”de “não envolvimento” e focalizada. Denunciar a possibilidade desta cultura servir como mecanismo de defesa implícito ou insconsciente diante do sofrimento ou do desgaste do trabalho em saúde e do acoplamento desta atitude institucional à tendência de individualizar e psiclogizar o desgaste dos profisisonais. Propostas: afetos tem que que fazer parte da gestão e da discussão de casos. (texto Ana Pitta sobre mecanismos de defesa)
5. Ensinar coordenação de casos > apontar para criação da cultura de responsabilização das instituições d eensino pelos pacientes na rede / pela formação e qualificação da rede (aprende-se com frequencia nos serviços de ensino que todos os outros serviços sao ruins. O paciente garrafa de náufrago depois da alta)
6. Implantação PTS, vista aberta etc…
COMO FAZER: A PNH tem potência para jogar luzes sobre aspectos da prática clínica nos serviços de ensino que estão subterrâneos, silenciosos. A PNH PODE FALAR DISTO, COLOCAR ISTO NA SUA PAUTA E NA PAUTA DO SUS E DA SOCIEDADE. TALVEZ SE POSSA INICIAR COMISSÕES INCLUINDO SETORES DO MS / SETORES DE SERVICOS DE ENSINO / SETORES DE FORMAÇAO (FACULDADES), MOVIMENTO ESTUDANTIL DE SAÚDE. FAZER CARTILHAS?
Por bethmori
Oi gustavo
vc tá bem? Me deu saudades e resolvi passear no seu blog. Encontrei muita coisa boa. Muitas passaram desapercebidas por mim. Escolhi este tema que me parece mais do que pertinente em estar nas conversas ativas.
Abraços, vou te enviar um email para conversarmos sobre a PNH em Brasília e quem sabe você poderá dar um pulinho aqui qualquer dia destes..
Beth Mori
Consultora da PNH