InsetizaSUS
Insetizasus
Anedota Búlgara
Era uma vez um czar naturalista
que caçava homens.
Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e andorinhas,
ficou muito espantado
e achou uma barbaridade.
Carlos Drumond de Andrade
Em meio a epidemia de dengue, um dos membros do grupo de extermínio mais populares do país declarou esta semana, após comandar mais uma chacina de 09 “suspeitos”, que o bando de operações especiais, conhecido como BOPE, é o MELHOR INSETICIDA SOCIAL. É um raciocínio parecido ao do Bush e israelenses em relação a árabes e outros “malvados”, dos nazistas em relação aos pré-israrelenses, dos países ricos em relação aos imigrantes de qualquer natureza. No Brasil, para qualquer polícia, colar a etiqueta de “pobre e morador da periferia” é suficiente para justificar a “eliminação sumária”. Ser negro é agravante e dispensa ser morador de periferia e mesmo pobre.
Segue anexo o artigo com a reportagem. Enquanto isto dizem as pesquisas de opinião que 30% da população aprova o uso de tortura pela polícia. Ao mesmo tempo que um dos “valores” mais importantes do nosso povo é a religiosidade, ficando a tolerância por último. Será que é coincidência?
Haja humanizasus, futuro insetizasus.
Por patrinutri
É esta a reflexão que me veio quando li seu post Gustavo: Como fazer justiça social?
Sem duvida a humanização dos serviços de saúde é um grande meio.
Mas no caminho, como diz o próprio Drummond da citação inicial: tinha uma pedra…
Chamemos de pedras o preconceito, a hipocrizia, o individualismo posto em nossa cultura, não só por estarmos contaminados pelo consumo e a ganância, mas por exercermos na maioria das vezes um poder vertical que insiste em nos autorizar a realizar arbitrariedades em nome da sociedade.
O que tem de social exterminar seus integrantes?
Grande abraço, Patrícia