O FIM DA ERA BUSH?
O FIM DA ERA BUSH?
Apresento nesta postagem, neste triste e deploravel fim do Governo Bush, dois momentos (dentre varios outros) em que escrevi visando gerar uma reflexão sobre a pulsão mortifera que animou os dois períodos deste governo insano e tirano. O texto Alucinação ou anunciação? que escrevi neste domingo (18/01), ante vespera do fim do governo Bush, quer se colocar como sinal de esperança, uma esperança tímida diante da conjuntura do mundo, mais propicia a guerra que a paz, dai porque usamos uma metafora da neo hecatombe. Todavia, o texto poetico se coloca mais como anunciação do que alucinação. Já o outro texto, intitulado George “diabo” Bush foi escrito em 2003, publicado pelo Jornal O Povo em 09/03/2003 e repercutiu muito no cenário local diante da conjuntura daquele ano. O objetivo desta postagem é marcar que o Governo Bush precisa ser lembrado como um período que comprometeu de forma drastica a saude planetaria. E que todas as guerras patrocinadas por este senhor da guerra aviltou a humanidade toda e misturou sangue e insanidade. A vida ficou refem de uma cultura de morte e a desumanização foi potencializada. Que bom que chegou ao fim! Agradeço aos que lerem de forma reflexiva e possam comentar acrescentando outros conteudos completamenres – ou discordantes – a este trabalho.
ALUCINAÇÃO OU ANUNCIAÇÃO?
Uma bomba explodiu no deserto
E gerou uma neo hecatombe
No campo de batalha inospito
Todos tiveram que deixar suas trincheiras
Tiveram que se desaquartelar
Tiveram que sair em fuga
Abandonaram as armas
Surpreendeu o numero de soldados
Guerrilheiros havidos que deixaram seus esconderijos
Despiram-se de suas vestes de guerra
Ficaram nus e sem armas
E sairam a gritar:
Viva o fim! Viva o fim!
Finalmente vamos poder cantar!
Cavalos e cavaleiros
Sairam em marcha
E um grito so se ouvia:
Viva o fim! Viva o fim!
Finalmente poderemos novamente cantar!
E de um lado e outro da trincheira de guerra
Uma explosão de sons se ouvia
Alegria, alegria! Uma nova hecatombe se anuncia
Chegou ao fim o pesadelo da guerra
Paz entre todos os homens e mulheres
Paz em toda a terra
Os guerrilheiros se renderam ao amor
Sairam em cantos e prantos
E a trincheira que dividia se refez em abraços
Nenhum de um lado e outro queria aquela guerra
Ninguém queria matar
Ninguém queria morrer
O clamor era um só: viver! viver!
Mas uma força sistemica os impelia a guerrear
Mas agora abraçados com os rostos em prantos
Eles e elas se descobriram num lance de olhos
Os olhos são visão de paz
Nenhuma guerra resiste ao tempo do amor
O olhar que apruma a mira da arma
So precisa mudar o foco
O tempo do amor apreende um novo olhar
A retina do olhar de guerra se desloca
Mas nem tudo é escuridão
Sai de cena o senhor da guerra
O tempo historico o destituiu
Que não haja um novo senhor
O mundo precisa so de amor
Que a latitude e longitude dos nossos sentimentos
Façam eclodir um novo momento
O momento perene da paz
Que se faz em movimento
Elias J. Silva – 18/01/2009
George ”diabo” Bush
[09 Março de 2003)]
A cultura da morte nunca esteve tão fortalecida nestes tempos de hegemonia capitalista. Contraditoriamente ao acúmulo de conhecimento, quando a humanidade atinge estágios inimagináveis de saber científico, os povos da terra se vêem sob a tirania do domínio facínora e bestial desse xerife do mal. George Bush, o todo poderoso presidente norte americano, carrega nas suas ações a pulsão insana e mortífera que ameaça o planeta. Faz-se, então, necessário afirmar: guerras são invenções do sistema para manter a lógica cruel que o nutre.
”O mundo precisa é de paz”, declarou o presidente Lula, no Fórum Econômico Mundial. E esta declaração ecoa no sentimento de todos os povos e se constitui no maior desejo do gênero humano, inclusive de parcela consciente das populações dos Estados Unidos da América. Mas, o Sr. Bush, do alto do seu poder político-econômico- tirânico-satânico afronta a consciência mundial, desmantela acordos e convenções, impondo a violência e a força bélica tecnológica.
Por paradoxal que seja, esta força representa uma fraqueza singular: a fraqueza do estado democrático e de direito, tão decantado e hipocritamente defendido pelos Estados Unidos. O poder de imposição do mais forte exclui a possibilidade do diálogo e a lógica da razão, fundamentos de uma cultura democrática onde os conflitos são superados pela negociação e o respeito às diferenças.
Os Estados Unidos não são um país democrático. O Iraque não é um país democrático e o mundo vivencia um profundo apagão, refém que se encontra da perversa lógica do capital, que inventa guerras para usurpar e concentrar mais riqueza. Enquanto isso, os valores humanos sucumbem.
Urge que os povos de todo o mundo se levantem: guerra a guerra! Unamos-nos a Jesus Cristo, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Martin Luther King, Dom Helder Câmara…Por uma cultura de paz!
Elias J. Silva – Poeta e Educador Popular, coordenador da COMOV – Comunidade em Movimento da Grande Fortaleza, Cirandas da Vida – ANEPS – RECID.
Por raylimalima