Redes…de redes…de redes…

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Luciane Régio 29/03/2009

Sábado, dia 28/03/2009, encontramo-nos, a UP HumanizAÇÕES, em Santa Maria, para fazer o trabalho sobre redes (que será postado até dia 03/04, pela Tutora, ou algum colega… então, o que escrevo aqui não é o resultado final, certo? Apenas, registros como memória"…).

Iniciamos a manhã conversando sobre nós, sobre nossos planos de intervenção… após, a tutora Ilse  Melo desenvolveu uma técnica para melhorarmos a escuta uns dos outros (superimportante!).

Em seguida, sentamos-nos no chão, em duplas ou trios para tentarmos materializar em cartazes aquilo que, a partir de tudo que experienciamos/lemos/escutamos/conversamos sobre redes…

 Surpresa foi filmarmos os relatos, pois todos não estavam esperando por isso, "produzirmos um vídeo para a RHS". Havíamos comentado, contudo não combinamos, aconteceu ao natural e o resultado será postado aqui em breve.

 Falando sobre redes, percebo a diferença agora. No momento em que reconhecemos a importância da potência das redes afetivo-cognitivas para disparar produção de subjetividades, de "reconhecimentos do outro como um legítimo outro", e a partir dessas pensarmos como alterar, criar mobilidade nas redes de serviços, compondo com redes sociais mais equânimes, a PNH se encaixa perfeitamente.

 E, para mim, o que Ricardo Teixeira disse no último EPG em POA/RS, causou um resgate de tudo que acredito, "Essas redes só ganham vida se por dentro delas passam essas redes sociais… quando elas mesmas são atravessadas por redes sociais". As redes de redes de redes de redes…

 Sim, redes quentes, transversalizadas. Aquecer redes, um desafio. Liane Rigui, também no último EPG/POA/RS, citando Milton Santos, disse: "Os cidadãos tem que terem acesso ao que necessitam, isso é cidadania". Pensando em cidadania, chamar todos para a roda, unindo as subjetividades, os afetos, vinculados, potentes, "fazendo reverberar" (Teixeira), trazendo aquilo que compõe, compondo "impactos emocionais/afetivos" (Teixeira), impactos sociais… redes de redes de redes…

 No vídeo, impossível estar tudo o que pensamos/conversamos sobre redes, mas será uma amostra. Na construção dessa rede, como disse Liane Rigui, que "rede é um conjunto de nós interconectados", vejo nesses nós, "cada um de nós", capazes de dar a mobilidade que precisamos: potência do coletivo, aquecendo redes de redes de redes de redes de redes…

 Abraço quente,

Luciane

Apoiadora Institucional da PNH

UP HumanizAÇÕES

 

 

 

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3 Comentários

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Por Erasmo Ruiz

Que história é essa de fazer "merchan" do Big Trash Infeliz? Mas agora falando sério! Parabéns pela construção afetiva, humana e técncia dessa rede! Um abraço  quente aqui da "Terra da Luz"!

 

ERASMO 

    Por Luciane Régio

    Querido, Erasmo!

    Obrigada por ler/ver nas entrelinhas/foto e sentir o quanto existe algo especial por ali, afinal estas redes quentes um dia tem que saírem do papel, não é mesmo companheiro ; )?

    Como havia dito no início do texto, o que está valendo são as pessoas, na foto. E aquele raio de sol, no meio da mesa, ficou lindo, quente! Vou retirá-la, certo? Reformulei o texto também para não pecar por máximas conversacionais…Eu sou assim, sem ingenuidades também, contudo o lado da positividade da vida, do SUS é algo marcante. Queremos inclusão social, certo? Então, para entendermos a lógica, vamos ter que circular por vários territórios. E, Liane Rigui compartilhava conosco quando dizia q "os territórios só interessam pelas saídas que oferecem". Como desterritorializar o capitalismo (que consome a Paz Mundial, que desestrutura as famílias com as drogas/tráfico em busca do $$$, divide os pobres/ricos, favelas/arranhacéus de luxo, campos/sem terras??),  sem antes descobrirmos quais as saídas que esse território oferece?

    Se o negarmos, mais força ele tomará, então, não compondo, mas incluindo a perturbação, descobrindo possíveis portas de saídas, adentremos ao mundo dos "merchandises" com os olhos arregalados :~{ … Gosta de comida japonesa? chinesa? churrasco? Pois é, eu sou uma entre poucas gaúchas vegetarianas, acredita? Talvez descobriremos a amplidão de nossa "zona de comunidade" (veja com Ricardo um texto, onde ele usa Espinosa, vais gostar…), e passaremos dessa, a relações de segundo gênero…, e para as de vínculos ("energia antropológica" dos laços sociais – Teixeira)…, enfim, relações de confiança…, de potência/liberdade… (Espinosa, em Teixeira)…

    "Não mais o q no outro é, de certa forma, nossa própria imagem espelhada. Mas o q no outro é irredutível. Sua diferença absoluta. Sua singularidade radical. E é aí q começa o verdadeiro desafio da alteridade. Só aí somos verdadeiramente desafiados a aceitar o outro como legítimo outro" (Teixeira,companheiro,p.596).

    Nem tudo é o q parece a primeira vista…rsrs…mas eu tenho aqui comigo, que vamos conseguir mexer com muitas estruturas políticas,  neoliberais, excludentes, contudo teremos que pensar sobretudo nesses desafios da produção do comum, a partir das diferenças (sociais, familiares, político-partidárias, geográficas, conversacionais, econômicas,culturais…). Habitando o lugar de quem inclui a perturbação, infiltrando-nos nos diversos territórios.

    Muitas conversas valiosas como esta, é isso que espero, obrigada pelo acolhimento/resposta! : )

    Abraço novo companheiro!

    Luciane

    UP HumanizAÇÕES

     

Por Adriana Regio Martins

 Muito bem colocado e apoiado colega!

 As aparências enganam…estávamos naquele território, mas comemos comida japonesa e dai?

  Somos multiplicidades conectadas de agenciamentos heterogêneos (Ricardo Teixeira), temos que compor com as diferenças e abrir espaços para as redes sociais, desterritorializar e nos divertir, afinal somos pessoas… 

        Adriana – UP HumanizAÇÕES