Tenda do conto proporciona encontro entre as Unidades de Felipe Camarão, Guarita, Panatis e Soledade I
Janela pr’a todo lado,
Pr’o vento passar.
Parede com armador
Pr’a rede embalar,
E pendurar o que precisar,
Bisaco, chapéu de palha,
Espingarda, casaca de couro,
Urupema e rede enrolada.
Casa de taipa
Quanta saudade…
Palha entrançada, telha cozida,
Telhado peculiar,
Bacia de alguidar, panela de barro,
Frei Damião e Padim Ciço
No oratório, no altar.
(Trecho do poema casa de taipa de autoria do poeta Zé Martins)
Quinta – feira, manhã de sol e calor no dia dois de abril. O gestor da unidade constatava que o “nosso galpão ficou pequeno para tanta gente”. Usuários, trabalhadores, estudantes da UFRN e da UnP esperavam ansiosos pelo início do evento. O cenário havia sido montado com capricho para uma tenda especial que reuniria usuários e trabalhadores dos distritos Norte, Leste e Oeste do município de Natal.
As poesias, músicas e casos do artista Zé Martins da Sociedade dos Poetas Vivos juntaram-se harmoniosamente ao cenário, envolvendo os presentes em um clima de emoção, alegria e festa. A apresentação do artista inspirara os expectadores que, espontaneamente, iam se movendo em direção à cadeira de balanço, um após o outro, construindo, assim, uma grande roda de histórias.
A Unidade do Panatis e SoledadeI contaram como surgiu a idéia da tenda.
Um agente de saúde contou como a equipe conseguiu escrever o livro “Contos, cantos e encantos de Felipe Camarão” sugerindo que registrássemos juntos todas as histórias contadas na tenda. Falou da experiência do teatro tribo de saberes e da participação de sua mãe no grupo encantos de um pastoril.
A Unidade da Guarita representou uma situação relacionada à saúde mental vivenciada na localidade, trazendo para usuários e trabalhadores a necessidade de reflexões acerca do tema.
Uma usuária de Soledade I relatou a experiência da internação e tratamento do seu filho pelo SUS;
A técnica em enfermagem de Soledade I descreveu com detalhes a história do bairro Potengi contada pelo seu avô;
Uma usuária do Panatis cantou uma canção que compôs e, inspirada na sua própria trajetória, representou uma retirante nordestina.
Estudantes da UFRN e Unp registraram com dedicação todo o evento, em vídeo e fotografias.
No final da manhã, avaliamos que a riqueza dessa troca de experiências aponta para a necessidade de novos encontros ampliados que proporcionem essa integração de saberes e afetos e movimentem o nosso fazer em direção à superação do isolamento, das práticas fragmentadas e medicalizantes e das precariedades do trabalho por meio da construção coletiva.
A tenda ampliada proporcionou enraizamento, arte, reflexões sobre as práticas, escuta, aprendizado, potência coletiva, fortalecimento dos vínculos e a vontade de prosseguir tecendo redes.
28 Comentários
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Jussara,
A tenda foi especial porque contou com a presença de vocês. Ela reuniu trabalhadores, gestor, usuários e estudantes permitindo que cada um deixasse sua marca. Penso que esse é um dos resultados do processo que estamos vivenciando na unidade com a construção das rodas semanais: a compreensão de que pensar e fazer coletivamente modifica o olhar que dirigimos ao outro, modificando também as relações. Vivenciar as histórias compartilhadas entre os vários sujeitos é vislumbrar um SUS construido com mãos, olhares e gestos diversos; é contagiar-se com a vontade de ir além produzindo saúde, encantamento e reencantamento…Produzindo VIDA!
A tenda ampliada mostrou um pouquinho do que é possível construirmos se estamos juntos!
um beijo,
Jacqueline Abrantes
Por Cláudia Matthes
Por colocar tanto brilho levando em conta a voz desse povo.
Muito para ensinar quando se produz saúde de uma forma tão linda e tão transparente.
Parabéns a você Jacqueline e a todo o povo daí.
Do sul, com muito "ciúme" por essas conquistas.
Com carinho
Cláudia-Peju
Cláudia,
É bonito ver as pessoas se encontrando na tenda; é um encontro que começa logo na chegada onde cada um quer contribuir com a disposição dos objetos.
Nessa tenda, pudemos expressar também as nossas preocupações junto aos usuários com relação à falta de profissionais nas ESF e as precariedades de cada local. Saimos com a grande perspectiva de ampliarmos as rodas e aprofundar as reflexões.
Natal te espera!
Jacqueline Abrantes
Se não bastassem novos personagens a cada encontro, aí vem mais uma surpresa: Colegas de outras Unidades compartilhando conosco essa delícia de encontro. É tudo muito contagiante!
Um grande abraço,
Rejane.
Rejane,
Quando vi o coraçãozinho pensei logo em você!
Essa tenda ainda vai ouvir as histórias que você insiste em não contar. Tem razão quanto às novidades na tenda. Essa superou todas as outras! Jussara, Meine, Zé Martins, Rudenilsom, Rosa, Luna, Francisca, Dona Cleide e tantos outros das quatro unidades deram um show: arte, criatividade e emoção!
um beijo no coração,
Jacqueline
Parabéns a Enfermeira Jacqueline por esta iniciativa, aos funcionários da USF Panatis, aos estudantes e, principalmente, a todas as pessoas da comunidade, as quais permitiram que esta idéia se concretizasse e se tornasse um grande sucesso.
Um grande beijo!
Patrícia Cabral
Bem-vinda à rede, Patrícia!
A integração ensino-serviços de saúde faz ampliar essa rede de trocas e de aprendizado. Aos poucos, os estudantes da UFRN estão entrando aqui, participando das rodas e das tendas, embalando nossos sonhos de ver jovens profissionais levantando a bandeira de um SUS vivo e de qualidade.
um beijo,
Jacqueline
Por Sissy Ellen
A Tenda do conto é um espaço fascinante, a felicidade aumenta por sabermos que a tenda já é um sucesso, afinal hoje em dia não podemos dizer que é uma tenda apenas da Unidade de Saúde do Panatis e Soledade I, e nem queremos que seja assim, ela (a tenda) está sendo divulgada e ao mesmo tempo sendo aceita por várias comunidades, como fica bem evidenciada no título, onde tivemos também a presença do pessoal da Guarita e de Felipe Camarão. Que esta Tenda continue a ser divulgada e que mais Unidades consigam implantar em suas comunidades, afinal esse é um espaço em que o usuário se sente a vontade para contar história, relembrar a infância, interagir com os funcionário da Unidade e não há dúvidas de que a felicidade aliada a emoção ficam presentes em todos que da tenda participam.
Parabéns a Jacqueline e a todos que fazem da Tenda do Conto um sucesso
Beijos!!!
Sissy Ellen
Sissy,
Trabalhos coletivos dão essa alegria, esse sentimento de pertencimento a todos que dele participam. Essa rede é um exemplo disso!
Ano passado levamos a tenda para a UFRN e foi uma experiência bem surpreendente! Quem sabe poderemos levá-la novamente? Estudantes também têm muitas histórias! Trago Milton para você:
Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora, cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor flor o o e fruto
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração,
Juventude e fé.
A arte e cultura de um povo sendo contada para rede, que outra forma teríamos de entrar em contato com tamanho saber e experiencia, pois a distancia em quilometros nos separa, graças a redehumaniza aqui estamos acompanhando a tenda Obrigado por compartilhar estes momentos e como a Claudia relatou "ciume" saudável.
Cara Sonia,
Obrigada por entrar na tenda. Nela, as distâncias são reduzidas pelo reencantamento. Como você disse tão bem, é o que acontece com quem entra nessa rede. As trocas de experiências são tão ricas e vivas que nos sentimos sentadas juntinhas, lado a lado.
Com muito carinho,
Jacqueline Abrantes
Querida Jcqueline!
A nossa rede está de parabéns em tê-la como mediadora do nosso estado. `Há algumas décadas, um grupo de colegas pensou nessa invenção de trabalhar a saúde mental com enfoque na arte e criação locais, mas infelizmente os passos não marcaram a história porque a intenção foi vista como ousada demais e que o contato usuáriosXprofissionais da saúde poderia prejudicar a condução do projeto terapêutico dos ditos "doentes mentais". Contudo, a possibilidade de colocá-los em contato com artistas em datas comemorativas, tais como o Dia Internacional da Poesia", o Dia Nacional do Folclore" , ou até mesmo a criação de corais, de grupo de funk, levou os radicais da imparcialidade meramente científica a se renderam, pois esses usuários se apresentavam juntamente com trabalhadores, comunitários e na hora do "show" a gente só via produção de saúde… Somente qdo os psicofármacos foram figurando apenas como coadjuvantes no tratamento dos agravos à saúde, "deram a mão à palmatória" e aí a coisa fluiu, só que …Já sonhamos muito, muitos se perderam no caminho, mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer sol de primavera (Beto Guedes). Aí chega Meine, Rudenilson, Jussara, você, enfim A TENDA e juntam os diferentes fazeres e saberes, inventando, criando e confirmando que é possível a intersetorialidade trançando os fios da rede. Nosso carinho a todos os corajos, sigamos em frente. Bj, Tarcília Bezerra, gestora de pessoas do Hospesc, apoiadora da PNH/Natal-RN e entusiasta do SUS.
Querida Tarsilia,
Que maravilha tê-la conosco! Seu texto merece um post na rede, um lugar na tenda e no nosso coração. Você entrou na tenda virtual e contou história!
Parabéns! Trouxe Beto Guedes e um sol de primavera para todos nós:
Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender…
com carinho,
Jacqueline Abrantes
Por Leonardo Menezes
Que bom ver a força do princípio participação social sendo vivenciado com tamanha energia e potência, arte, poesia, canto, encontro, a roda rodando. Parabens a todos. Grande abraço. Leo.
Querido Leo,
Vamos juntos montar a tenda em Mossoró qualquer dia desses. Tenho curiosidade de ouvir as histórias e sentir o calor humano que emana daí.
um grande abraço,
Jacqueline Abrantes
maria de lourdes freitas
Foi um encontro brilhante, com muito afeto,carinho e cultura. A troca de experiências entre as unidades todos os profissionais contribuindo para que a nossa tenda ficasse linda.
A técnica de enfermagem contando a história da zona Norte,os agentes de saúde representando situações vivenciada no seu cotidiano e o poeta declamando as suas poesias,propocionou um encontro belo e com muita diversidade.
Valeu Jacqueline pela iniciativa.
Beijos a todos Lurdinha
trago afetos guardados
nas folhas secas que marcam o poema do livro,
no velho disco de vinil
tocando Pixinguinha
Trago um vestido bordado com flores
chapéu de renda
tecida pelos dedos da minha avó
trago nas linhas das mãos
as histórias dos que toquei com cuidado
nos braços
trago as marcas dos tantos abraços
trago na voz
as palavras que ouvi
das bocas dos reencantados
A Tenda do Conto é um espaço único, que traz à tona os mais variados sentimentos: nos faz chorar e/ou rir, tocando fundo a cada experiência contada, a cada história vivida que é relembrada, partilhada e, por vezes, até semelhante à de outras pessoas presentes no local.
Acima de tudo é uma arte – encantadora e emocionante – que é emoldurada pela simplicidade dos usuários e funcionários da Unidade, que fazem do galpão da nossa unidade (digo nossa, pois já me sinto parte dela) uma galeria de arte bastante original e que se renova a cada edição da Tenda do Conto.
A sensação de estar lá é indescritível, só entende quem participa!!
PS.: Só tá faltando eu na foto…
Querida Raquel,
Amei encontrá-la na rede!
Você tocou em um aspecto importante da tenda: as histórias que vão puxando outras e outras por contemplarem os sentimentos e as lembranças dos expectadores que logo se tornam protagonistas. Na sala de atendimentos individuais, já é frequente alguém trazendo fotografias e poemas para mostrar na tenda do conto. Os talentos de Dona Cleide, de Luna, de Dona Maria, Seu Fernando e tantos outros nos levam a pensar: de que outra maneira seriam revelados?
Fico muito feliz pelo sentimento de pertencimento que revela pelo Panatis e pela nossa tenda.
um beijo,
Jacqueline Abrantes (tia Jac)
Por Sheylla Maria
Sheylla,
Tendo você como mestre não poderia ser diferente!
Aprendemos a caminhar devagar, mas com passos seguros colhendo os frutos, partilhando-os no caminho, silenciando para melhor ouvir, juntando-nos a outras vozes, refletindo. Como bem disse nossa amiga Jussara, "aprendendo com significado". Você está intensamente presente nesse processo.
Saudades,
Jacqueline Abrantes
A tenda é um momento ímpar de compartilhamento de experiências onde há oportunidade de ouvir e ser ouvido, expressar sentimentos vividos de alegria, tristezas, atitudes de coragem, persistência, produções artísticas e criativas.
Num ambiente envolvente e emocionante pautado no respeito, solidariedade e cuidado com o outro, abre-se caminhos para o fortalecimento das relações entre usuários e profissionais, como também maior valorização e participação social.
Que esta iniciativa se perpetue na rede, incentivando a todos quantos são compromissados com o SUS. Bjos!!!
Elisânia Lila
Querida Jacqueline,
Que saudades!
Passei um tempo distante, problemas que partilho em outro momento, e que felicidade a minha ao me deparar com mais uma experiência fantástica dessa Tenda encantadora. Nesses momentos percebo que eu realmente acertei ao escolher a tenda para ser meu objeto de estudo na mono e que possibilidades a Tenda não oferece, sua capacidade de agregar saberes, de valorizar a história de cada um, de estimular nossa capacidade de ouvir e assim aprender com a experiência do outro além de refletir sobre as nossas próprias experiências. Deve ter sido um dia memorável, quantas histórias eu perdi, e as poesias de Zé Martins. Ele que com seu jeitinho simples nos encanta e nos deixa realmente em casa. Sem contar nos depoimentos dos trabalhadores que certamente foram enriquecedores. Não acredito que não registrei isso, mas sinto-me feliz em saber do sucesso, cada vez maior, da tenda.
Jacqueline, me torno cada vez mais fã dessa experiência e acredito nas múltiplas possibilidades que ela oferece, podendo ser transferida para diferentes esferas. Quero continuar a ser espectadora e também ser um pouquinho atora dessa história.
Beijos
Laís
A tenda do conto é um espaço muito rico e único, que faz o espectador se contagiar pelas histórias que lá são contadas, e esse contágio acontece de diversas formas, seja pelos risos ou pela emoção que constantemente se entrelaçam nas manhãs da tenda do conto. É possível notar que quanto mais a manhã prossegue, mais histórias vão aparecendo e enriquecendo ainda mais este momento grandioso.
A todos que fazem a tenda do conto,
Parabéns!!!!!!!!!
Sinto-me feliz ao poder estar participando de momentos tão marcantes como estes.
Joyce Morais
Por Shirley Monteiro
Jacqueline Querida, Parabéns !!!
Fiquei com uma imensa vontade de levar voce para a Paraíba !!! Imaginei o que seria a Tenda na Comunidade de Maria de Nazaré … Muitas pessoas da Comunidade tem suas historias, sonhos, e passagens poéticas de tempos afora. O médico da Unidade me colocou dos saberes em fitoterapia, contos de curas pelas plantas de algumas das mulheres da Comunidade, além das belas historias que ouvimos no Grupo e nas visitas. Nenhum de nós teve tempo ainda para este trabalho, mas após a defesa da dissertação , agora em Julho/Agosto, voltarei às visitas quinzenais à João Pessoa.Que tal pensar para a partir de setembro outubro uma visita por lá ??? Também fiquei louca de vontade de levar as Danças Circulares para aTenda. Estou criando coragem para postar no meu blog as imagens, e textos de lá. Fiquei com desejos … de juntar a "Tenda do Conto" com o "GraimSa" ( Grupo de Acolhimento aoa Imaginário em Saúde), isso se torna agora um sonho e incentivo, pois a Tenda do Conto já é o proprio espaço de Acolhimento ao Imaginário, Também !!!
Beijos, e um abraço forte !!
Shirley Monteiro.
Elizania, Laís e Joyce,
A tenda cresce por ser aberta e por acolher a todos sem distinção. É um espaço onde qualquer história é sempre ouvida, bem vinda, aplaudida.
Cada pessoa tem o seu brilho, sua experiência de vida, sua arte; o espaço da tenda reafirma essa arte e promove a circulação de afetos.
Com carinho,
Jacqueline
Shirley,
Convite aceito!
Essa semana as agentes de saúde e uma enfermeira do Panatis montaram a tenda na UFRN à convite do pessoal de nutrição e relataram que foi um espaço muito rico de arte e ciência. Os trabalhos foram apresentados na tenda do conto; idéia do pessoal da UFRN, que acrescentou para nós mais uma forma de utilização desse espaço.
Aguardo os posts com suas experiências que são muitas e muito belas; caso precise de ajuda, estou à sua disposição.
Estou muito feliz por ter montado seu lugar aqui na rede junto com a gente…
um beijo,
Jacqueline
Por jussara paiva
Que encontro maravilhoso. O dia era de sol intenso, mas se fosse de chuva também teria acontecido, pouqe estava dentro de cada um. Não tenho definições, só sentimentos, foi contsgiante. O espaço físico pode ter se tornado pequeno , em compensação a importância desse encontro só cresce. Depois da tenda do conto tivemos um pós encontro na praia da redinha onde fomos almoçar e não é que a tenda do conto continuou. Parabéns a todos, precisamso de iniciativas como estas para não esquecermos nossa essência…Umm"xeiro" com muito calor humano a todos