EXERCITANDO O ACOLHIMENTO
A quem cabe o acolhimento?
A aqueles que estão capacitados para fazê-lo, naturalmente.
Como médico do PSF na ativa há alguns anos, percebo que há um grande despreparo de quase todos, para acolher aqueles que precisam de todos nós trabalhadores da saúde.
Se o "capital humano" é despreparado em geral para o mister do acolhimento, o que não dizer da infraestrutura física das nossas unidades de saúde, muitas delas verdadeiras "casas de pombo", inadequadas em suas recepções e em suas salas de espera.
No entanto, nada de desanimar. Como médico, tenho tomado a frente do acolhimento na UBS onde atualmente trabalho.
Tenho tentado eleger critérios, que possam nortear minha ação no lidar com nossa clientela.
Não vou agora listar estes critérios, por asoluta falta de tempo, mas, na medida do possível, acho que tenho me saído bem, naquilo que eu chamo de acolhimento.
Gostaria no entanto, que no médio ou no curto prazo, pudesse ter na minha UBS, uma equipe de recepção, de funcionários ou de voluntários, que pudesse exercer o papel que ora venho fazendo, na verdade, com muito prazer.
Também gostaria que nossos gestores municipais pudessem re-desenhar nossa UBS, levando em conta que, antes de consultar, vacinar, emitir um atestado ou distribuir um anti-concepcional, é preciso acolher de modo respeitável e cidadão, o cliente nosso de cada dia.
Por Emilia Alves de Sousa