Trabalhando a Redução de Danos em um serviço substitutivo segundo Luana Malheiro
Hoje tivemos a oportunidade de participar do Seminário: "Álcool e outras drogas: um desafio para os/as profissionais de saúde". Para quem acompanhou, Luana Malheiro (especialista em Saúde Coletiva/Mental) dialogou sobre estratégias e possibilidades de enfrentamento, formas de cuidado e acolhimento aos usuários de drogas e sua reinserção social.
Gostaríamos assim, de apontar algumas estratégias de Redução de Danos apontadas por ela, visando que é de extrema importância pensarmos a respeito de como lidar com pessoas (em seu singular) que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas, tornando assim um tratamento mais eficaz. Aos que não puderem participar do Seminário segue abaixo:
– Buscar conhecer quais as estratégias de controle que o usuário já tem/traz consigo;
– Entrar nos mitos que o usuários traz ao serviço. Criar espaço no serviço para debater sobre esses mitos;
– Reservar um espaço central para os saberes do usuário, ou seja, trabalhar com o contexto de vida do sujeito, entrando em contato com a solicitação do usuário;
– Visar a abstinência não como pré-requisito/pressuposto da RD, pois não é possível, considerando a Constituição do SUS, pois colocaríamos barreiras à não ida do sujeito aos serviços;
– Termos claro que a Redução de Danos busca estabelecer um plano terapêutico singular que não desloque muito do contexto do usuário (por isso é complicado as comunidades terapêuticas);
– Dar oportunidade do profissional identificar atividades, trabalhos artesanais que os usuários têm habilidades para que os mesmos possam ter autonomia de ser um facilitador no grupo, coordenador dessa atividade.
Assim, Luana deixa claro que a Redução de Danos não é fazer gestão das drogas, mas utilizar do discurso sobre as drogas para produzir um vínculo com o sujeito, esse é o objetivo, diz ela.
Podemos pensar também que, o trabalho da Redução de Danos vai muito além disso, pois muitas vezes o que a pessoa deseja naquele momento é falar sobre qualquer outra coisa que não seja "DROGAS", afinal, estão cansados de falar sobre isso. São detalhes que, como redutores de danos, profissionais da saúde temos que nos atentar. Esses detalhes fazem a diferença no tratamento e retorno desse usuário ao serviço substitutivo.
Por Angela Vaz7
…..pois muitas vezes o que a pessoa deseja naquele momento é falar sobre qualquer outra coisa que não seja "DROGAS", afinal, estão cansados de falar sobre isso,neste caso fiquei curiosa a sua abordagem,a respeito do <substitutivo>e qual a ênfase do seu paradigma,uma vez achei muito oportuno o seu levantamento feito.Geralmente,é um pouco o que descreveu.