Provocando Patrícia que esqueceu como ser poeta

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miguel angelo maia 09/01/2013

Neva no verão carioca…
Meus cabelos brancos,
Aos ventos revoltos,
Soltos
Soltam tudo,
Sobretudo as ideias
Que já não servem.
Quero o vívido,
O vivo vivendo,
Acontecendo.
Sou trama de nervos
Intricados em afetos,
Sou o devir dos fetos
Em pura estesia
Na arte de ser ente.
Aonde impera heresia,
Alma crédula e potente,
Sou poesia.

Miguel Maia

06/01/2013

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6 Comentários

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Por jacqueline abrantes gadelha

10/01/2013 às 12:23 pm.

Adorei o poema/provocação para Pat. Deixo versos de Adélia:

De vez em quando Deus me tira a poesia.

Olho pedra, vejo pedra mesmo.

O mundo, cheio de departamentos, não é a bola bonita

caminhando

solta no espaço.

(Adélia Prado)

Por patrinutri

14/01/2013 às 5:22 pm.

Que linda pedra que subverte padrões de beleza!

Que arte nesta imagem que aqui se apresenta!

Quantas faces tem arte?

Mil faces refletidas para um olhar sensível!

Obrigada Jacquelinda!

Por miguel angelo maia

10/01/2013 às 12:55 pm.

Pois é, quando pedra é só pedra, é da pedra dura que temos que tirar a leveza que se solta no espaço. Dizia Kundera, a insustentável leveza do ser, dizia Pessoa, quando a alma não é pequena tudo vale a pena. Fazemos da pedra, pena, sopramos a alma e o vento carrega a dureza pra cima, ainda que seja apenas ínfima poeira. Mas poeira já é solta no espaço, rs.

Abs.

Miguel