Inserção do Psicólogo na Estratégia de Saúde da Família
Caros amigos da rede. Este post é proposta da disciplina de Introdução à Psicologia da Saúde do curso de graduação em Psicologia da Faculdade Integrada de Santa Maria – FISMA ministrada pelo professor Douglas Casarotto, no qual estou inserida e cursando o 4º semestre. Minha proposta é falar um pouco sobre a inserção do psicólogo na Estratégia de Saúde da Família (ESF) e no SUS através dos Núcleos de Apoio à Estratégia de Saúde da Família – NASF.
O sistema público de saúde em todo o mundo, mas principalmente no Brasil encontra-se em uma situação preocupante de precarização, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil a vulnerabilidade social é ainda maior por contar com grande parcela da população sem acesso a uma boa alimentação, a educação de qualidade, a tratamento de saúde necessário e gratuito. Embora o poder público busque amenizar algumas situações criando dispositivos direcionados à população de baixíssima renda, ainda há muito por fazer.
Em 1994 o Ministério da Saúde, buscando desencadear um processo de mudança de modelo de atenção à saúde da população que desse conta de facilitar o acesso da população à saúde e atendê-la em suas necessidades mais básicas, cria o Programa de Saúde da Família (PSF), hoje Estratégia de Saúde da Família (ESF). Essa proposta está basicamente centrada na formação de equipes multiprofissionais que atuam em territórios delimitados e para um número limitado de população. Essas equipes atuam na promoção da saúde, prevenção, recuperação e reabilitação de doenças e agravos mais frequentes daquela área adstrita. Com a complexidade que foi sendo gerada por esse modelo de atendimento, o MS cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família onde profissionais de outras áreas se inserem a essas equipes.
Neste espaço de construção coletiva encontra-se o Psicólogo que já vinha dando apoio às equipes de saúde da família no atendimento a pessoas portadoras de sofrimento psíquico. Hoje esse papel se amplia e ganha uma importância incontestável uma vez que passa a olhar também para a pessoa idosa, a agressão no contexto familiar, ao usuário de álcool e outras drogas, adolescentes, escolares e todos os grupos que estiverem dentro daquele território da ESF.
Para finalizar, segundo Carmen Teixeira, médica, doutora em Saúde Pública “a implantação de práticas de acolhimento, o esforço em estabelecer adesão e vínculo entre os usuários e os serviços de saúde, cria para o psicólogo uma escuta qualificada da dor e do sofrimento, das necessidades e demandas da população que vai aos serviços de saúde”. Esse viés vem de encontro à proposta de inserção do psicólogo nas equipes de saúde da família através dos NASF’s.
Referências bibliográficas:
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2009/12/Seminxrio_O_Nxcleo_de_Apoio-beta.pdf.
Acesso em 23 de abril de 2013.
https://www.saude.assis.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=73&Itemid=63.
Acesso em 23 de abril de 2013
Inserção do Psicólogo nas práticas de saúde no SUS. Revista Ciência & Profissão – Diálogos – nº 4 – Dezembro de 2006.
Por Darielle Neves
Adorei a escolha do teu post!
Importantíssimo destacar a inserção do psicólogo na saúde pública. De uma maneira que o psicólogo possa participar de equipes de saúde da família, onde ele possa dar sua contribuição para a superação do modelo biomédico, auxiliando na construção de um modelo mais integrado, que considere a saúde como um fenômeno multidimensional (biopsicossocial), compreendendo uma visão integral do processo saúde-doença-cuidado.
Parabéns!