Grupo de Trabalho de Humanização

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O HILP foi um dos pioneiros no Estado do Piaui, na implantação da Política Nacional de Humanização, coordenada pelo Grupo de Trabalho de Humanização-GTH, que foi criado em 2002 no hospital, com o objetivo de conduzir um processo permanente de mudança da cultura de atendimento à saúde, promovendo o respeito à dignidade humana. (PNHAH, 2001). A partir de então, várias ações foram implementadas no hospital, com o apoio do grupo, na direção de um cuidado mais resolutivo e humano. Entretanto, o modelo de humanização hegemônico nesse cenário, em que pese todos os esforços envidados pelo grupo, era reduzido, sem a abrangência de uma dimensão de integralidade, de intersetorialidade, ainda com  ações desenvolvidas de forma pontual, fragmentada, desarticulada. Os trabalhadores eram estimulados para cada um fazer a sua parte, porém sem o fomento de um trabalho em equipe, ou problematização/análise das práticas de trabalho. Era a cultura da boa educação, da compaixão, do bem-estar com ênfase nas programações socias/comemorativas. Somente com a implantação da PNH, em 2003, essa lógica de atenção humanizada  começou a mudar, estimulada pelas suas diretrizes e proposições.

Nessa trajetória de 8 anos de existência, o grupo tem disparado e potencializado uma atenção e um gestão cogerida no espaço de trabalho, possibilitado “o enfrentamento das formas cristalizadas, institucionalizadas e instituídas que tendem a manter o jogo institucional favorável às formas hegemônicas do tipo “manda quem pode, obedece quem tem juízo” (Amorin, 2013). Entre as ações implementadas, destacam-se as rodas de discussões mensais envolvendo o coletivo do hospital, com o intuito de analisar os processos de trabalho, identificar demandas e indicadores para as mudanças; as semanas de humanização e as oficinas temáticas para discutir as diretrizes e dispositivos da PNH num processo de formação/qualificação dos trabalhadores e gestores, buscando estimular o contágio e implicação desses sujeitos, e compartilhar experiências bem sucedidas no cotidiano de trabalho, dentre outras. Todos esses eventos na perspectiva de uma construção coletiva para enfrentamento dos problemas e desafios demandados no hospital, disparando mudanças, com foco no fortalecimento do acolhimento das demandas, melhoria da ambiência, co-gestão e gestão participativa, garantia dos direitos dos usuários, com impacto na qualificação da saúde ofertada. Porém, o maior orgulho do grupo é ter disparado, apoiado a construção do colegiado gestor do hospital, uma aposta num espaço democrático de compartilhamento de problemas e decisões, estimulando um compromisso de solidariedade, de co-responsabilização e ético-político no hospital.

Posto aqui algumas imagens do grupo.