Dia Mundial de Doação de Leite Humano
Doar leite materno é um ato de extremo amor, devendo ser valorizado e comemorado com louvor.
No I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano, realizado em setembro de 2010 na capital federal, os 24 países presentes assinaram, no encerramento do encontro, a Carta de Brasília 2010, que institui o Dia Internacional de Doação de Leite Humano em 19 de maio, com o objetivo de unificar as mobilizações na América do Sul, América Central, Europa e África.
A Carta de Brasília 2010 concentra os esforços internacionais para o enfrentamento da mortalidade infantil e aponta as estratégias relacionadas aos bancos de leite humano para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015, conforme estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Entre as diretrizes definidas pela Carta de Brasília 2010 estão a expansão com consolidação da Rede de Bancos de Leite Humano, garantindo a ampliação do acesso ao leite humano e à qualidade do produto; o estabelecimento de convênios entre os países signatários, organismos e agências internacionais; o intercâmbio do conhecimento científico e tecnológico no campo do aleitamento materno; a definição de meios de financiamento sustentável para enfrentar os desafios atuais e garantir a continuidade das ações em curso.
No sábado dia 18/05/13, em Teresina, a Comissão Estadual de Bancos de Leite Humano, em conjunto com área de assistência à criança da Secretaria Estadual de Saúde, Fundação Municipal de Saúde e parceiros, receberam um grupo de mães doadoras, representando as mães do Clube 2 X Mãe na praça de eventos do Teresina Shopping para comemorarem o DIA MUNDIAL DE DOAÇÃO DE LEITE HUMANO.
O evento tem como objetivo sensibilizar a sociedade para a importância da doação de leite humano, o alimento mais importante para o bebê nos 6 primeiros meses de vida.
No Teresina Shopping, foi proporcionado uma manhã de muita alegria com depoimentos emocionados das mães, oferta de serviço de beleza e doação de brindes às mães. Um evento produtor de saúde e de subjetividades.
Banco de Leite da Maternidade Dona Evangelina Rosa
Por Emilia Alves de Sousa
1) Acredite: não existe leite fraco!
Todo leite materno é forte e adequado para o crescimento e desenvolvimento do bebê. Nos seis primeiros meses de vida, não é preciso dar chá, água, suquinho, outro leite, pois não são nutritivos e ocupam no estômago da criança um espaço que poderia ser ocupado pelo leite materno. Não dê qualquer outro tipo de alimento. No primeiro dia, o leite produzido, chamado colostro, é transparente ou amarelado, tem alto valor nutritivo, é suficiente para as necessidades do bebê e age como uma verdadeira vacina, protegendo-o contra doenças.
2) Quanto mais o seu bebê mamar, mais leite você vai ter
Sugar o peito é o que estimula a produção de leite. Começar a mamar desde a sala de parto facilita a decida mais rápida do leite. Procure manter o bebê ao seu lado, do nascimento até a alta. A criança que mama no peito várias vezes, dia e noite, de acordo com sua vontade, não precisa de mais nada.
3) Coloque o bebê na posição certa para mamar
Para que o bebê sugue bem, ele deve, não só abocanhar o mamilo (bico do peito), mas grande parte da aréola (parte escura do peito), com o corpo totalmente voltado para o da mãe (barriga com barriga). Quando a criança pega o peito corretamente, com a boca bem aberta, o leite sai em quantidade suficiente, o bebê engole tranqüilamente, a mãe não sentirá dor nem terá rachadura no peito.
4) Cuide adequadamente das mamas
Para evitar rachaduras, não lave os mamilos antes e depois das mamadas. Basta o banho diário, evitando o uso de sabonete nos mamilos. O próprio leite protege a pele, evitando infecções. Não use pomadas nem cremes nos mamilos, exceto por orientação médica.
5) Retire o leite quando for necessário
Evite que a mama fique muito cheia e pesada. Se isso acontecer, ferva um frasco de vidro com tampa de plástico por 10 minutos, prenda os cabelos, lave bem as mãos, coloque os dedos onde termina a aréola e aperte várias vezes até o leite sair. Guarde o leite no frasco de vidro, na geladeira (12 horas) ou congelador/freezer (15 dias) ou doe a um banco de leite humano. Para aquecer o leite, use banho-maria. Quando a mãe não estiver em casa, dê o leite materno no copinho ou colher para não prejudicar o aleitamento.
6)Evite bicos, chupetas, chuquinhas e mamadeiras
Esses produtos prejudicam a amamentação. Os bebês que fazem uso de mamadeiras e chupetas acabam largando o peito.
7) Procure apoio
Procure conversar com quem está passando a mesma experiência que você. Envolva sua família nas tarefas de casa para que você possa descansar.
8) Só tome medicamentos com ordem médica
A mãe só deve tomar medicamentos orientada pelo médico.
9) Continue a amamentação, se possível, até os 2 anos de idade ou mais.
Recomenda-se que todo bebê seja amamentado exclusivamente no seio materno até seis meses de vida. Depois, introduza frutas e comidinha e continue amamentação até os dois anos.
10) Conheça os direitos da mãe trabalhadora
A mãe que trabalha fora tem direito a licença maternidade de 120 dias.Quando retornar ao trabalho, dois descansos remunerados de meia hora por dia para amamentar seu filho, até seis meses de idade. Os pais têm direito à licença-paternidade de 5 dias a partir do nascimento do bebê.
As crianças que mamam no peito têm menos diarréias, doenças respiratórias e infecções de ouvido.
Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face, importante para ter dentes bonitos, para o desenvolvimento da fala e até para a respiração.
Amamentar é bom também para a saúde da mãe: ela perde menos sangue depois do parto e tem um risco menor de ter câncer de mama e de ovário.
Amamentar é uma forma de dar saúde, carinho e proteção ao bebê.
Amamentação é uma forma especial de comunicação entre a mãe e o bebê. Ao ser amamentada, a criança aprende muito cedo a se comunicar com intimidade, afeto e confiança, o que pode contribuir para a sua saúde mental no futuro.
Fonte: "Semana Mundial de Amamentação 2004"
Sociedade Brasileira de Pediatria / Soc. Estaduais de Pediatria
Ministério da Saúde