DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMEIROS ESTOMATERAPEUTA A PORTADORES DE LESÕES CUTÂNEAS EM UM PROGRAMA DE TELESSAÚDE
AUTORES: Eder Júlio Rocha de Almeida*,Emerson Roberto Oliveira,Milena Soriano Marcolino,Maria Beatriz Moreira Alkmim.
O Programa Telessaúde Brasil foi instituído com o objetivo de oferecer apoio à estratégia de Saúde da Família no Sistema Único de Saúde, a fim de garantir maior qualidade de atendimento à população. A “Segunda Opinião Formativa” ou teleconsultoria é a resposta estruturada e sistematizada às perguntas formuladas pelo profisional de saúde. O trabalho do enfermeiro teleconsultor especialista em estomaterapia baseia-se em conhecimentos específicos para orientação da prevenção e tratamento de feridas, com o objetivo de promover a cicatrização sem complicações e atuar na educação continuada. O objetivo deste estudo é demonstrar e discutir os desafios na orientação a profissionais de saúde para a assistência a portadores de lesões cutâneas, através de um serviço de telessaúde. Trata-se do relato da experiência de um enfermeiro especialista em estomaterapia, que trabalha no Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Os principais desafios levantados pelo relator estão diretamente relacionados às dificuldades dos usuários. Um fator primordial é a dificuldade de comunicação escrita apresentada pelo solicitante ou falta de dados relevantes na teleconsultoria possivelmente relacionada a coleta inadequada e incompleta de dados dos casos clínicos, dificultando a compreeensão e adequada orientação pelo teleconsultor. Isso pode estar relacionado a um provável déficit na formação de profissionais de saúde para a atenção a portadores de lesões cutâneas. Aliado à estrutura da pergunta, uma boa imagem é fundamental para o reconhecimento adequado de características da lesão e orientação do tratamento correto. A inexperiência com informática por muitos enfermeiros leva a não utilização ou uso inadequado de recursos tecnológicos de apoio, como a câmera fotográfica digital. Outra grande dificuldade é a falta de material adequado para tratamento especializado das lesões cutâneas na Atenção Primária em diversos municípios, muitas vezes devido ao desconhecimento de que podem solicitar determinado material junto à secretaria de saúde. Concluindo, apesar das dificuldades relatadas, o serviço atende com êxito a maioria das demandas geradas de diferentres municípios, incluindo os situados em áreas geograficamente isoladas. Além disso, promove a educação permanente, cooperando de forma significativa para a melhoria do serviço prestado ao paciente na Atenção Primária e aumento do grau de satisfação dos profissionais envolvidos.
Palavras-chave: Telemedicina, informatica médica, Brasil, Assistência de Enfermagem, Cicatrização
REFERENCIAL: Ferreira SRS, Périco LAD. Assistência de enfermagem a pacientes com Feridas em serviços de atenção primária. Revista Técnica Científica do Grupo Hospitalar Conceição [Internet]. 2002; 15(1).
Rezende EJC, Melo MCB, Tavares EC, Santos AF, Souza C. Ética e Telessaúde: reflexões para uma pratica segura. Rev Panam Salud Publica. 2010:58-65.
Portaria Nº 402, de 24 de fevereiro de 2010. 2010 [10/07/2011]; disponivel em: https://www.telessaudebrasil.org.br/php/level.php?lang=pt&component=42&item=16.
Por Cláudia Matthes
pelo teu relato estamos todos apreendendo a usar ferramentas, a comunicar melhor com os demais.
Além da técnica precisamos de suporte para lidar com a tecnologia afinal, isso tudo é novidade.
Mas, uma coisa apreendi ao longo dos anos, é só caminhando que se faz o caminho, e apreender é assim mesmo.
E a coragem para reconhecer, um grande e fraterno abraço
Peju@nessas encrencas da vida e do viver