Soneto de Saúde (IV)
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Trabalho médico nunca é normal:
há sempre o risco do extraordinário.
Adia-se um jantar de aniversário
para atender um caso terminal.
Nas pausas, rápida é a refeição:
café, biscoito, Coca, pão dormido…
O paciente sente, comovido,
quando o doutor mostra dedicação.
Chega-se a ter saudade da família:
“Quando acabar mais esta coronária,
quero ir pra casa ver a minha filha!”
Mas, na emergência, o que é que os conforta ?
Enquanto a equipe médica trabalha,
é Deus que espia por detrás da porta.
Paulo Roxo Barja
[email protected]
2006/2007
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
obrigada novamente pelo olhar poético que falta nestes tempos obscuros de investidas tipo ato médico e caminhos retrógrados de uma parte da classe.
um beijo,
Iza