Sobre o instrumento!!! E alguns preocupações….
Boa Tarde Américo e Apoiadores,
Muito bem colocado as funções deste instrumento de trabalho para o apoio, no meu ver podemos utiliza -lo sem problemas.
Agora preciso colocar aqui algumas preocupações, em relação a nossa inserção no COAP e demais redes prioritárias. Durante a participação das Conferências locais, os indígenas colocaram questões que me deixaram sem ação, ouvi, guardei e relato aqui para que possamos começar a pensar nesse contexto amplo e desafiador.
Trata-se da equidade entre os indivíduos, como entre as regiões de saúde e as disparidades dos índices de mortalidade e morbidade entre os diferentes grupos sociais, incluindo principalmente a saúde indígena; os quais não refletem apenas a conhecida relação de pobreza e doença, mas é um aspecto negativo do nosso sistema de atenção à saúde: a dificuldade de acesso a serviços eficazes de saúde por parte das camadas mais desfavorecidas da população (SI), em flagrante desobediência ao preceito constitucional do direito à saúde.Desde a implantação do Subsistema,há sete anos, são poucas as reflexões sobre os conceitos- chaves e sua práxis em contextos interculturais:atenção diferenciada, Agentes Indígenas de Saúde e participação e controle social.
No caso indígena, nove anos após a criação do SUS,o Decreto nº 3.156 (Brasil, 1999a) e a Lei nº 9.836 (Brasil,1999b) determinaram as condições de assistência à saúde dos povos indígenas e o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no âmbito do SUS, respectivamente,tendo em vista as históricas desigualdades e iniqüidades vividas por esses povos no Brasil. Posteriormente,essa legislação regulamentou a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), integrante da Política Nacional de Saúde(Brasil, 2002).
Voltando e tentando entender o que os indígenas referiam durante os momentos de discussão nos grupos de trabalho na Conferência Local, pesquisei e relato que não estamos fazendo nada de diferente para conseguir a autonomia e garantia de acesso e atenção diferenciada. Há partir da reforma sanitária, a Conferência objetivava avaliar a situação de saúde dos índios e criar uma política efetiva para os povos indígenas.
Entre as recomendações (Krenak e col., 1988) relevantes para pensar a atenção diferenciada, citamos duas: 1) garantir a participação política das nações indígenas na formulação, no planejamento, na gestão, na execução e na avaliação das ações e dos serviços de saúde; 2) assegurar o respeito e o reconhecimento das formas diferenciadas das nações indígenas no cuidado com a saúde. Essas recomendações vêm sendo desde então incorporadas nas Conferências de Saúde Indígena,bem com na legislação geral para a saúde e na específica à saúde indígena.
Porém, os municípios referem que necessitam de um PLUS para a saúde indígena no quesito atendimento. Como podemos trabalhar esse acesso??? Como explicar para os gestores que o SAsiSUS faz parte do SUS sem olhares atravessados.??
Abraços
Mariana Kely
Por Mariana Kely Diniz Gomes de Lima
Pessoal me atrapalhei toda…postei em dois lugares?? como se exclui um deles??
Mariana Kely
DSEIVilhena/RO