Quando o Ministério da Saúde trouxe a proposta da criação da ferramenta CTHMobSUS, confesso que ficamos meio preocupados e sem muito estímulo. Como o balanço de um barco navegando sobre as ondas, somos trabalhadores dessa rede que ora se apresenta na crista (rede quente), ora marola, (rede fria). Mas compreendemos e encaramos tudo isso como um movimento em um processo de construção.
Apostamos e acolhemos a CTHMobSUS em nosso Estado-MT que refletiu a possibilidade da transversalidade das ações em saúde nas redes de serviço, com toda potência e protagonismo desses trabalhadores e a inclusão dos usuários num movimento de apropriar-se do fazer da/na saúde.
É bastante interessante um exercício que aprendi na faculdade de Artes, chamado laboratório, que consiste em observar atentamente as pessoas em seu cotidiano geralmente em locais públicos e bastante frequentados, valorizando cada movimento, cada olhar, cada fala, cada trejeito, para subsidiar a composição de um papel. Exercitei durante esses 05 encontros da CTHMobSUS essa técnica e hoje me pego debruçada, a relatar o que vi, senti, curti e saboreei, “o como”, novos membros se adentraram se colocaram, se envolveram, comprometeram e engrossaram esse grupo CTHMobSUS, que já tem forma. Forma de rede, de teia, que vem sendo tramada com fios fortes e potentes.
Hoje, já vivemos um momento, (ainda que inicial), bastante inclusivo e comprometido pela tríade da saúde, na busca de um SUS de/para todos no Estado de Mato Grosso.
Desejo que 2014 traga-nos vigor, comprometimento rumo a realização de um SUS mais acolhedor, resolutivo e equânime!
Por Simone Eineck Alcantara
A CTH é um movimento crescente, que se propaga…SES/MT, município de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis….os participantes convidam novos participantes…a mobilizacao é intensa no mês de intervalo entre uma reuniao e outra!! A parceria com a SES/Superintendência de Políticas e Coordenadoria de Promocão da Saúde tem sido muito favorável, favorecendo a realizacao dos encontros!! A oportunidade de experimentacao do diálogo e compartilhamento dos desafios e diferencas de ponto de vista, enriquece e amplia o olhar sobre os problemas de saúde da rede como um todo. O problema de um passa a ser pauta do coletivo possibilitando a experimentacao e producao do COMUM.