Para dar passagem…

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patrinutri 18/08/2009

Esta experiência com a chamada "epidemia de gripe" nos forçou uma parada na roda, para dar passagem ao que é "caso da rede de saúde". Mas não estamos separados dela? Estamos na rede!

Paramos com a roda do GTH, mas não com as ações por onde caminha a humanização. Experimentamos a transversalização da PNH com as equipe, fizemos discussões em torno dos fatos. Ou será que entramos na velha ordem de responder a notas técnicas, baixar decretos para os quais não cabem conversas.

Acho que infelizmente em muitos momentos agimos descompassados com nossas rodas como se elas não fizessem parte do todo da saúde.

Vamos trabalhar nas brechas, vamos conversar sobre as notas técnicas, vamos rever nossos processos de trabalho.

E então sim, fazer a humanização que falamos!

Patrícia S. C. Silva

Blumenau SC

 

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1 Comentário

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Por Eliana Elisa Rehfeld Gheno
Patrícia, concordo contigo que temos que colocar nas rodas também as notas técnicas, além disso, vejo que nas epidemias, mesmo sem querer querendo, como a gente brinca, acabamos realizando ações de ampliação da clínica. São ações intersetoriais, são atividades educativas com professores, são reuniões co-geridas entre os diversos setores da administração pública.
São novas alternativas e estratégias de oferecer suporte e segurança aos trabalhadores, aos gestores e aos usuários. Esta é a realidade do nosso pequeno município, em que ampliamos horário de trabalho, extendendo as atividades inclusive no final de semana. O que parecia distante de nós – epidemia da gripe – nos atingiu violentamente quando uma colega gestante foi contaminada e está na UTI há mais de 15 dias, onde colegas de trabalho adoecem, onde a população adoece e procura segurança na equipe.
Novas estratégias, intensificação de ações previstas na ESF – atendimento a gestante no domicílio, conhecendo a realidade de cada uma, as complexidades e as facilidades…
Vejo que às vezes dizemos  que as "epidemias" nos atrapalham, mas também vejo que podemos aprender muitas coisas através delas e ampliar a clinica, viabilizar ações intersetoriais, envolver os sujeitos na atenção e na gestão.
(Talvez tenha "viajado" um pouco, mas estava com isso na minha garganta e precisava compartilhar com alguém.)
 
Eliana E. R. Gheno
Enfermeira, apoiadora institucional PNH
Ajuricaba / Nova Ramada/RS