Eu adoro o que faço.
Conversando uma vez com outra funcionária da prefeitura onde trabalho, expliquei sobre meu projeto de atuação nas UBS e citei o fato de sermos 14 fonoaudiólogas, TODAS, na reabilitação. Essa colega, bastante sensata, me sugeriu que, ao apresentar o projeto, não falasse que eu "adoro meu trabalho", porque a chefia não estava interessada nos meus desejos.
Minha ideia ficou guardada, pois minha trajetória tomou outros rumos. Completamente absorvida pela Saúde Mental, milhares de projetos e leituras preenchem minha mente agora e este blog é uma excelente ferramenta para mim. São quase 23h e faz 10 horas que saí da prefeitura. Atendi em meu consultório particular e tenho minha vida – linda e difícil – pra viver.
Informei às duas chefias problemas com os horários de entrada, em torno de 20, 30 min e até o fim deste ano, apenas 2 vezes da semana.. Quando assinei meu ponto na saída, registraram o horário da minha entrada. O médico e os chefes registram os próprios horários.
Minha função é melhorar a qualidade de vida dos meus pacientes, especificamente, sua comunicação, a expressão do seu pensamento; (re)inserí-los na comunidade, criando, com eles e a família, caminhos para que isso seja possível, prazeroso e amadurecedor.
Eu estou lá para TRABALHAR. Não estou para "cumprir hora", esperando ansiosamente o "apito da fábrica de tecidos" para voltar correndo pra casa como um Fred Flintstone.
Óbvio que eu quero minha casinha, meu filhinho etc.Mas o trabalho não me cansa. Eu tenho muita energia. Mas ela precisa de um meio pra se propagar…
