Relato do documentário “Sicko SOS Saúde”
Quem assistiu ao documentário "Tiros em Columbine" de Michael Moore, sabe o quanto ele se envolve em temas polêmicos, que suscitam o´dios e paixões. Neste documentário, ele aborda a questão do comércio de armas de fogo no país do tio Sam, tendo como destaque o massacre ocorrido em uma escola norte-americana, onde jovens estudantes fora assassinados por dois psicopatas. Natural do estado de Michigan, Moore é um americano que não poupa críticas ao que considera injusto e tenta mostrar isso sem rodeios, ainda que suscitando ódios e paixões. No documentário "Sicko SOS Saúde", o tema abordado dessa vez é o da saúde e como ela é encarada a nível de políticas públicas em seu país. E o retrato que ele nos revela é triste, cruel e revoltante. E serve de alerta para nós, brasileiros, para que possamos refletir sobre nós mesmos. Nos Estados Unidos, quase 50 milhões não possuem plano de saúde e procuram se virar como podem, já que não existe uma política pública eficiente que cuide de seus cidadãos. Em compensação, 250 milhões possuem plano de saúde, o que a princípio seria um dado animador, não fosse por uma simples questão: esses planos realmente se importam com a saúde de seus clientes? E então Moore apresenta exemplos nos quais o maior e mais urgente dogma do capitalismo é fielmente preservado por esses planos, qual seja a obtenção do lucro financeiro (ainda que em detrimento do bem-estar, da saúde de quem os paga). Onde encontrar uma ética, uma sensibilidade, uma visão, diria, mais humana em um país onde até mesmo uma boa parte de seus políticos compactuam com essa situação? Canadá, Reino Unido, França e até a perseguida Cuba são citados como exemplo de como é possível haver um sistema único universal que se comprometa em oferecer os cuidados a todo cidadão (seres humanos !) que deles necessitam. Em nosso país, temos um governo comprometido com a saúde de nosso povo, oferecendo um sistema de saúde que se esforça em ser equânime, integral e universal. Ainda não somos um Canadá, um Reino Unido, França ou Cuba. Todos esses países, claro tiveram seus desafios, dores e reveses, lutas e sacrifícios ( e ainda os tem, é bom que se diga!). Nossos desafios são muitos e muitos são os interessados em obter o maior lucro possível no quesito saúde, seja nos Estados Unidos, Brasil ou qualquer outro país no mundo. O recado de Moore em seu magnífico "Sicko SOS Saúde foi dado, ainda que suscitando ódios e paixões. Quem olhos e ouvidos para ver o ouvir; quem tem sensibilidade e coragem para refletir e agir, que assim os faça.
Por patrinutri
Saúde é um bem sem preço!
Portanto cabe ao Estado garantir o atenção a saúde aos cidadãos no momento que precisa e em todos os aspectos clínicos disponíveis.
Seguimos na luta para que a saúde continue pública e de qualidade!
Patrícia S C Silva