Comentário sobre o filme SICKO

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CURSO DE FORMAÇÃO DE APOIADORES DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DO SUS DE ALAGOAS .

Módulo I – 12 e 13/12/2013.

Relatório de Atividade 2: Comentário sobre o filme SICKO $O$ SAÚDE –  20/01/14.
Nome do aluno: Tânia de Alcântara Moura Vilela.
Vínculo: UPA DR. David Disraeli Torres / Viçosa – AL
Tutora: Gilvânia Gomes

As revelações contidas no filme SICKO de Michael Moore constituem-se no desvelamento e esclarecimentos de forma inteligente, criativa e provocativa do trato com a saúde nos EUA, CANADÁ, GRÃ BETANHA, FRANÇA E CUBA.
Revela que a forma agressiva capitalista de ser dos Estados Unidos da América reflete a falta de cuidados com a saúde do ser humano em detrimento do lucro, onde a saúde é pensada enquanto possibilidade de maximização do lucro. Essa forma de ser traz como características marcantes: um processo de seleção cruel sobre quem terá direito ao uso do plano; um sistema que bonifica os profissionais médicos que menos procedimentos liberam, a medicina é também um negócio, com base no lucro. Essa forma de tratar a saúde permite que as administradoras de planos enriqueçam cada vez mais enquanto o serviço público padece e se fragiliza.
O filme revela que em um dado momento Hilarry Clinton, na gestão de seu esposo Ronald Reagan (1981 a 1989) levantou a bandeira da mudança no sistema de saúde administrado pelos planos privados propondo, a medicina socializada com cobertura universal e com acesso a saúde a todos, com distribuição dos profissionais baseada na carência diagnosticada.  Uma proposta que é derrubada pelo poderio das administradoras de planos através da compra de votos dos representantes do congresso e a possibilidade do direito ao trato a saúde de forma ética não acontece, imperando a cultura do lucro que sinaliza índices da saúde que contrastam com a classificação no ranking dos EUA enquanto maior potência mundial. Do país mais rico romanticamente esperaríamos um povo saudável e uma medicina humanizada, ao invés disso temos a revelação que no mundo ocidental, os EUA é o único país sem atendimento médico gratuito e universal a população.
Sobre o Canadá, o filme revela, que embora os EUA preguem que o sistema de saúde é ruim, percebemos a demonstração de um sistema que tem como princípio o atendimento médico universal, onde os cuidados são dispensados a todos sem a preocupação se podem ou não pagar pelo serviço. Seus índices apontam para o indicador de longevidade bastante positivo, onde  os canadenses vivem 3 anos mais que a população do resto do mundo.
A saúde na Grã Betanha se expressa no respeito e priorização com o item saúde sobre vários aspectos o que se visualiza inclusive no fornecimento d e medicamentos, onde independente da quantidade, o valor se mantém inalterado, valendo salientar que o valor cobrado é acessível a todos, indo além ao não cobrar de menores de 16 anos, nem de maiores de 60 anos. As farmácias vendem e comercializam exclusivamente medicamentos, não s e transformaram em mercearias. Os casos de internamentos hospitalares são custeados pelo Seguro Nacional de Saúde. Os  hospitais são instituições do governo, que respeita o destino das verbas arrecadadas com impostos. Revelam claramente que o critério utilizado para sair de alta hospitalar é o de está saudável e em segurança. A medicina segue o modelo da medicina socializada. A origem de tudo foi a democracia exercitada de fato, onde é dado ao pobre o poder do voto de forma construtiva, responsável e ética, onde a escolha de um candidato acontece com base em representar realmente os direitos do povo. Um sistema que preza pela esperança e otimismo.
Desde o pós-guerra em 1948 o país oferece serviços médicos gratuitos a todos. Um país que mesmo os pacientes mais pobres tem mais saúde que os pacientes dos EUA. Os médicos são bem remunerados e ganham bônus por apresentar que conseguiu reduzir índices negativos relacionados a saúde, como: baixar taxa de colesterol, convencer a parar de fumar… 
A França registra também em seus indicadores que os franceses vivem mais que os americanos. O filme revela ouvindo as pessoas, que o trato com a saúde tem cuidados que vai além do esperado, com o objetivo de cuidar. O atendimento para ser dispensado desconsidera a condição econômica e prioriza a necessidade do individuo. O sistema é montado sobre a égide do princípio da solidariedade, onde quem ganha muito paga por quem ganha pouco. Um sistema de saúde que preza pela qualidade de vida e bem-estar, que exercita a prevenção em todos os aspectos, onde os atestados tem seus dias de afastamento acordados entre paciente e médico, importando o tempo necessário realmente para recuperação. O conceito de saúde perpassa por qualidade de vida em vários aspectos, inclusive valorização em está com a família, o que se reflete também nos direitos trabalhistas, que tem carga horária máxima d e 35 horas semanais e férias que se estendem de 5 a 10 semanas, a depender da empresa. Um país em que o governo teme a força do povo, enquanto nos EUA acontece o inverso.
Sobre Cuba, chamada oficialmente de República de Cuba, o filme aponta que é colocada pelos EUA como o inferno de tão ruim, no entanto diferente dos EUA, oferece tratamento médico gratuito e universal. Reflete em seus indicadores uma taxa de mortalidade infantil inferior a alguns países desenvolvidos, inclusive aos EUA, ressalte-se também os indicadores relacionados a expectativa de vida. É um país fornecedor de tecnologia e médicos para países de primeiro mundo. Mantém em sua estrutura um médico por quarteirão e preza pela medicina preventiva. O valor dos medicamentos é simbólico. O lema dos médicos é “se diminuímos sua dor, cumprimos nossa tarefa.”
Concluindo, reforço que assistir o filme me reporta a continuar a acreditar, que o SUS pode dar certo sim e a PNH nos remete a essa possibilidade ao sinalizar que a humanização da saúde implica em mudança no modelo de gestão.  Um processo desafiador, difícil, que requer conhecimento, investimento em educação, ética, mudança de cultura, capacidade de análise crítica e convicção da força do povo no processo de mudança, tendo como norte a democracia.
                        
Tânia de Alcântara Moura Vilela.