Saúde Mental na Roda em Evento no RS
A roda de conversas Política de Humanização e Saúde Mental foi a primeira que encerrou inscrições no VII ENCONTRO ESTADUAL DE SAUDE MENTAL DO RS, ocorrido nos dias 15-16 e 17 de setembro último em Porto Alegre com o tema “A rede que temos e a Rede que queremos”. O Evento reuniu 1.500 participantes entre trabalhadores, estudantes, usuários do SUS e gestores de serviços de saúde mental do Estado. Mas as possíveis interfaces entre a PNH e a Reforma Psiquiátrica se “espraiaram”, como gostamos de dizer por esses pampas, ao longo do Encontro. Além dos integrantes que buscaram especificamente este tema convocados pelo título da Roda, inúmeros apoiadores da Humanização infiltraram-se com esta discussão em diferentes momentos. Já na mesa de abertura, o Secretário Nacional de Saúde Mental, Pedro Gabriel Delgado, citou o princípio do protagonismo dos sujeitos para referir o diálogo que tem aproximado as duas políticas do SUS. A formadora da região da serra gaúcha – Loiva Santos – defendeu herculeamente o direito do usuários de drogas a um atendimento respeitoso e integral na mesa em que a política de Redução de Danos foi posta em xeque. No dia seguinte, Ricardo Teixeira partiu do problema da banalização do conceito e reificação das Redes para apontar a concepção das Redes de Conversação, produto de sua inspiração espinoziana. A idéia calou fundo nos militantes corações por um cuidado em liberdade e reverberou em várias das Rodas de Conversa que se seguiram na tarde. A mesa de encerramento, composta por mim e a psicóloga e Sandra Fagundes, retomou a importância da conversa como instrumento privilegiado na constituição das Redes que efetivamente cuidam, na perspectiva da Clínica Ampliada, e finalizou com imagens que materializam a concretude desta proposta no vídeo com a sistematização da experiência da apoiadora e formadora Maria Judete Ferrari no município do Alegrete. A foto colorida apresenta um dos momentos desse debate, com a representante do conselho estadual de saúde participando do “Aquário” que disparou a conversa, no melhor estilo CaféHumaniza. A sua frente um trabalhador de CAPS de outra cidade do interior do RS, ao lado de Vânia Mello (de verde), proponente da Roda que contribuiu levando “esquetes” de sua pesquisa de mestrado realizada junto aos apoiadores da PNH que atuam na Saúde Mental. Ao lado do consultor Ricardo Teixeira, no 2º círculo, outra proponente da Roda de Conversas, a formadora da região Missioneira Lúcia Crescente, levando o HumanizaSUS no peito (e na raça!). Como se vê, a resistência gaudéria tem feito alguns esforços prá que a política local não seja confundida com o mar de lama com que tem sido apresentada ao resto do país (como o post do Marco duramente evidenciou).
Por Sonia Mara de Fatima Ferreira
Neste encontro, constatamos o quanto a saúde mental e a PNH tem andado juntas, como referiste muitos apoiadores institucionais se fizeram presentes, esta roda estava de dar inveja, mas todas as rodas em que participei e que as colegas participaram foram quentissimas, rodaram pra valer, na mesa em que Décio falou da redução de danos percebeu-se o quanto ainda precisamos trabalhar esta politica que aos olhos de muitos ainda não é aceita, acredito que a redução é o desafio para nós profissionais da saúde perante a sociedade principalmente aqui no Sul e na minha região que ainda é conservadora. Parabens a organização do evento.