RELATÓRIO DA RODA DE CONVERSA SOBRE A POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO – PNH NA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE ALAGOAS – SESAU

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É como muito prazer que posto o Relatório da Roda de Conversa na SESAU durante a Semana Nacional de Humanização; esse trabalho foi produzido por mim e pela amiga Chris (Thereza Christina Ribeiro). Penso que essa roda deu muito o que falar…

SEMANA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO

RELATÓRIO DA RODA DE CONVERSA SOBRE A POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO – PNH NA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE ALAGOAS – SESAU

Dia – 11/04/2014, 6ª feira
Horário – 10h
Local – Mine auditório da Ciência e Tecnologia
Nº de Participantes – 14 pessoas
Facilitadoras – Thereza Christina B. Ribeiro e Theny Mary Viana Fireman

A Roda de conversa começou às 10h e 30 minutos. As facilitadoras Thereza Christina e Theny Mary explicaram aos presentes o porquê da iniciativa e solicitou aos mesmos, se apresentar dizendo um pouco da sua trajetória no SUS.
Em cada apresentação os participantes iam compreendendo a história do SUS, muitos programas e experiências exitosas foram resgatadas e a saudade tomava conta do lugar. Até que Maria José Castro explicou que aquilo que estava acontecendo ali e agora, mostrava a necessidade de ter mais encontros como esses, para registrarmos as experiências do SUS que deu certo e que ainda dá certo, mesmo tendo algumas ondas contrárias, por isso era importante resgatar essas pessoas, as quais foram faladas na roda, para que se possa concretizar o sonho do livro que registre a trajetória história do SUS em Alagoas.
Nas apresentações ficou muito clara a importância de esclarecermos em que lado estamos, a favor ou contra o SUS, pois esse é o momento ideológico, dependendo da nossa resposta estaremos elevando o SUS e a humanização. Discutiu-se que como sempre o capitalismo aponta contra o SUS e que um dos erros dos sanitaristas mobilizados pela Saúde para garantir os preceitos da VIII Conferência Nacional de Saúde foi incluir nos artigos da Constituição que os serviços privados seriam complementados aos SUS. Essa estratégia foi para outro lado, pois o que se ver é a rede privada sendo priorizada em detrimento da pública. É necessário fazer o tão sonhado livro, cujo título deverá ser “Histórias do SUS, contadas por quem dela fez parte”.
Outro ponto levantado foi sobre a necessidade de garantirmos conforto aos seguranças, que ficam de colete a prova de bala no corredor e onde a temperatura é muito elevada, já que as portas das salas ficam fechadas. A ambiência é fundamental para o cuidado e para a humanização, assim, esse ponto entrou nas sugestões. Outro tema foi em relação à televisão existente no corredor e que quando ligada está sempre em programas de violências, assim, foi sugerido realizarmos a leitura do texto da Ruth Vasconcelos sobre a violência e a mídia, ficando duas participantes (Mª José Castro e Maria de Fátima Lima) responsável pela apresentação e distribuição do texto para ser discutido na próxima roda.
Foi resgatado a história do trabalho da Informação, Educação e Comunicação – IEC com ação no teatro popular onde as pessoas discutiam os problemas apresentados.
Nas apresentações ficamos sabendo das potencialidades dos presentes, pois numa simples apresentação, verificamos ter um boy que toca violão, violoncelo e guitarra, além de termos uma psicóloga responsável pelos estágios na FITS, uma funcionária que dá aulas de libra, uma psicóloga que trabalhou muito tempo com agricultores através de dinâmicas de grupos para refletir o momento, uma assistente social que mostrou o trabalho na área de grupo popular, uma agente administrativa que trabalha com educação de crianças especiais e naquela oportunidade verificando-se  esses talentos já foi sugerido incluir essas pessoas na Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador.
Depois dessa aula de cidadania e de SUS, a facilitadora Thereza Christina passou a apresentar as diretrizes da PNH. Em cada slides, muitas questões, reflexões e possibilidades, tanto que as sugestões iam aparecendo. Thereza Christina informou o porquê da política criado pelo Ministério da Saúde, explicando o que é essa política e suas diretrizes e o objetivo de disparar saberes, foi atingido, pois o diálogo foi a tônica durante duas horas.
Foi questionado o que seria necessário fazer para operacionalizar a política Nacional de Humanização – PNH. Muitas sugestões foram apontadas, principalmente para melhorar a convivência entre as pessoas que passam a maior parte de sua vida no trabalho e exercitar a questão do “respeito”, uma vez que o desrespeito mina a confiança e afasta as pessoas, criando um clima insuportável e propicio ao adoecimento.
As discussões e reflexões se basearam nas condições de trabalho e na garantia de espaços como a roda de conversa, para a expressão das opiniões das pessoas e principalmente no estabelecimento de vínculos solidários para que possamos ser fortes o suficiente e fazer a mudança do modelo de saúde.
Esse local onde vários setores atuam, somente a Ouvidoria e a Biblioteca é quem recebe alguns usuários, portanto, na próxima roda de conversa teremos que trazer alguém da área da gestão para se fazer presentes.

SUGESTÕES NA RODA DE CONVERSA:

1. Necessidade de estudarmos a lei 8.080/90, a 8.142/90, o Decreto 7.508/11, a LC 141/12 e as Redes existentes no SUS.
2. Necessidade de entendermos o processo de trabalho em saúde, Maria José Castro sugeriu o texto de Emerson Elias Merhy – Trabalho em Saúde.
3. Realizarmos algumas dinâmicas de grupo para refletirmos sobre como o SUS trabalha.
4. É preciso que todos tenham um sentimento de pertencimento que é própria da raça humana e a dignidade da pessoa humana é imprescindível que todos tenham essa visão, pois se o capital faz com um, com certeza fará com todos.
5. Foi mostrado que a Saúde é a política mais organizada que existe no pais, foi pensado em tudo, desde seus princípios até a operacionalização, assim surgiram o SUAS, por exemplo.
6. Garantir reuniões dessa forma 1 vez por mês e se possível que seja gravada, pois desses momentos se resgata histórias.
7. Uma ação simples mas que poucos a fazem é o atendimento bem ao telefone, pois se a saúde é resolutividade, se alguém liga pedindo uma informação é nossa obrigação informar, para tanto, poderemos fazer folhetos e cartazes para não deixar as pessoas sem as respostas que procuram. Nossa obrigação é saber das atividades da SESAU.
8. Nossa roda de conversa será iniciada por esse setor e aos poucos vamos tentar trazer as pessoas dos outros setores; não esquecendo das pessoas que atuam na segurança e na limpeza, todos nós somos importantes.
9. Solicitar que todas as salas tenham música ambiente, músicas clássicas para melhorar o ambiente, além da climatização. E que essas necessidades sejam incluídas no Plano Estadual de Saúde, que será revisto em 2015, pois assim, estaremos garantindo recursos financeiros para essa ação. Além do mais que as ações de Humanização como um todo de sejam incluídas, criando na estrutura da SESAU um eixo, ou uma ação de Humanização, pois só assim os protagonistas teriam a co-participação dos gestores.
10. Foi solicitado que voltassem as atividades laborais com atividade física, pois as pessoas ficam o tempo todo no trabalho de forma sedentária.
11. Fazer a comemoração dos aniversariantes do mês, com a participação de todos pagando R$ 5,00 (cinco reais) para a compra de frutas e sucos.
12. A próxima roda de conversa será no dia 29 de maio, sexta-feira, no horário de 11 até as 13h.