Vídeo mostra PM atacando trabalhadores do metrô durante madrugada em SP

Tempos de Copa..

Fico pensando nos registros que estamos deixando em nossa história neste momento.

Para além de simples momentos, importante perceber o que fica de aprendizado e REPRODUÇÃO das formas de SER e FAZER política em nosso país.

Vivemos em tempos muito delicados,

as pessoas pedem cada vez mais e mais por cuidado,

e respeito com as suas delicadezas.

Respeito com suas dificuldades,

e respeito para construir espaços pra mostrar as suas demandas, as suas necessidades.

(É a mudança que queremos um pouco quando falamos em acolhimento – uma mudança de postura profissional que reflita numa reorganização do serviço de saúde.)

Greves,

manifestações,

são momentos em que tudo o mais PÁRA,

(deixamos casa, família, trabalho, namorado e tudo que nos chama)

e vamos para outros movimentos dar CORPO e voz.

No entanto, em momentos de maior tensão, percebemos que ainda não temos o DIÁLOGO como principal ferramenta de interação entre Estado e cidadão.

Fico pensando nos profissionais de saúde atendendo pessoas feridas por aqueles que atendem as ORDENS do Estado, para trazer a ordem, dizendo o que deve e o que não deve ser feito.

O que pode ou não pode ser feito.

E reagindo com armas de bala de borracha, gás, bombas de efeito moral como ferramentas de INTERAÇÃO com as pessoas, usando desta FORÇA para COMBATER o corpo em movimento. A voz que não quer calar.

Fico pensando nos rastros que teremos pós Copa.

Os registros acumulados, e os efeitos das nossas escolhas.

"é preciso estar atento e forte.."

e o mundo segue,

mesmo após os tempos de junho que vieram e que nos esperam.

tempos de São João, que vão dando contorno de como sabemos construir nossas lutas, e de como somos acolhidos pelo Estado.

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