Faço Parte do SUS Que Dá Certo – Maria Amparo Oliveira
“No meu trabalho, quero garantir uma prática profissional com qualidade, participar de forma ativa e efetiva no coletivo de produção e construção dos dispositivos da PNH, de forma que os direitos dos usuários do SUS sejam garantidos. Procuro provocar espaços de diálogo e expressar as inquietações jun-to aos gestores para discutir cada realidade”, afirma.
Apesar de possuir plano de saúde, a enfermeira faz uso do SUS, pois o considera resolutivo, já que atende às suas necessidades, principalmente as de urgência. “Utilizo o SUS sempre que possível, pois acredito nos serviços que ele oferece”, conta ela.
Com tantos anos de experiência, e, atuando em diversos setores como: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Casa de Acolhimento Transi-tório Infanto-Juvenil (CATI), e Residência Terapêutica I, Amparo que é também conselheira municipal de saúde afirma hoje que trabalha exata-mente com o que gosta: a saúde mental. “É uma longa caminhada de aprendizado e de luta pelos usuários, sujeitos excluídos, mas cidadãos. Representa momentos felizes e de esperança! A PNH faz parte destas experiências, pois me deu maior qualidade para lidar no cuidado deles a partir do uso de ferra-mentas como rodas de conversa, o acolhimento, o formação de vínculos, a discussão dos saberes, e o fortalecimento dos grupos”, afirma.
Para se manter atualiza-da, Amparo diz que sempre que possível participa de eventos, em diversas áreas como: saúde mental, humanização, controle social e gestão. “Quero atuar na área da inclusão social e humanização, buscando estratégias através do processo de comunicação, informação e educação perma-nente nos serviços, e com uma prática de planejamento, avaliação e monitoramento, e buscar os resultados nestas perspectivas, de forma a contribuir com as Políticas de Saúde Pública”.
Os mais de 30 anos de profissão e formação contínuas não foram suficientes para realizar todas as metas da Amparo, e nem detiveram a esperança em tornar real todas as suas aspirações não só de profissional, mas de ser humano. Ela cita que a garantia de uma prática profissional com qualidade no âmbito do SUS, de forma que os direitos dos usuários sejam garantidos é o principal desafio do sistema público de saúde. E a enfermeira conseguiu imprimir em sua filha, Nilene Amanda Oliveira, de 22 anos, o interesse pela área da saúde. A jovem se forma ano que vem em fisioterapia e apelidou Amparo de:“Madre Tereza de Calcutá”, pois vê em sua mãe um exemplo de dedicação.
Obstinada, a apoiadora da humanização se projeta para o futuro com muitos anseios e diz ter muitos sonhos: “Torço para que a posição adotada pelos trabalhadores e usuários do SUS seja de mudanças, de esperanças… de acreditar no SUS que dá certo,” finaliza.
Faço parte do SUS que dá certo
Desde a metade de 2012, o informativo da PNH faz uma coluna chamada Faço parte do SUS que dá certo, disponível também na Rede HumanizaSUS. Todo o conteúdo produzido será transformado em posts da Rede, o que amplia a divulgação do trabalho e da história de vida de quem contribui para a humanização do SUS. A cada edição, é possível conhecer trabalhadores, gestores e usuários do SUS que contribuem para o SUS que dá certo. E são os leitores que sugerem quem vai ser entrevistado a cada edição! Portanto, se você conhece alguém que trabalha no SUS, é usuário ou gestor e faz a diferença no SUS, conte pra gente! Envie um e-mail para [email protected], com as informações do seu indicado e seus contatos.