A música corporal como prática de produção de saúde

18 votos

Em 2013 tive a oportunidade de participar de diversos encontros de música corporal, grupos de estudos, oficinas… Nestas andanças vi que o que produzíamos nos encontros não era apenas música… era contato. vínculos. afetividades. subjetividades. invencionices. emoções. 

Ao final, alguém dizia… "uau! Que saúde!". 

Produzíamos zonas diversas…de conforto e desconforto… zonas de comum…unidades… 

Produzíamos comum. E então, produzíamos alguma espécie de coletivo! Mesmo que ele se dissipasse ao longo dos outros dias, naquele momento éramos um coletivo. 

A saúde estava ali… independente da cor, condição, fé, nome, cidade natal, profissão, idade. A saúde coletiva estava ali. 

Com essas experiências, afirmo a cada vez: A saúde é produzida para além do setor saúde, para além de serviços, para além dos chamados "profissionais da saúde". E este é apenas um pedacinho da complexidade em refletir sobre tais questões, pois estamos simultaneamente pensando aquilo que se refere ao setor propriamente dito.  

O que está implicado ao afirmar que "Nós, artistas, músicos, dançarinos, dentre muitos outros atores sociais, seríamos também trabalhadores da saúde?" 

A saúde coletiva abre brechas para refletirmos além… a noção de trabalho em saúde pode ser posta para bailar com novas perspectivas… Afinal, o trabalho imaterial está aí, aqui, acolá… produzindo redes, produzindo gentes, produzindo saúdes. 

 

Abaixo deixo a disposição o link para um vídeo que fiz com algumas destas questões sobre meu trabalho de monografia com orientação do Ricardo… (Teixeira) 

 

=)