Paidéia e a Gestão: indicações metodológicas sobre o apoio
Curso de Formação de Apoiador PNH/AL
Módulo II – Paidéia e a Gestão: indicações metodológicas sobre o apoio
Texto/autor: Gastão Wagner Sousa Campos – 2001/2003
Tutora: Luzia Prata Data: 23/08/2014
Campos (2001/2003) inicia o texto explicando que Apoio Paidéia é uma postura metodológica que busca reformular os tradicionais mecanismos de gestão através de um modo complementar que utiliza a coordenação, planejamento, supervisão e avaliação do trabalho em equipe.
É preciso diminuir a distância dos gestores que, usualmente, executam essas atividades e trazer todos os atores envolvidos no processo de trabalho. Não se pode esquecer-se da produção social e subjetiva dos próprios trabalhadores e usuários. A proposta do Apoio Paidéia é a participação de todos os atores em todas as etapas do processo de trabalho, inclusive a avaliação. Ele busca articular os objetivos institucionais aos saberes e interesses dos trabalhadores e usuários (Campos, 2001/2003). Com isso, é necessário que a informação circule livre e abertamente para que todos se apropriem dos diversos saberes; é imprescindível que sejam aproveitados os diversos saberes de cada indivíduo.
O efeito Paidéia se traduz em processo social e subjetivo no qual as pessoas ampliam sua capacidade de buscar informações, interpretá-las, compreender a si mesmo, aos outros e ao contexto. Ou seja, o sujeito adquiri autonomia sobre suas ações e relações, passando a participar de seu cuidado, se co-responsabilizar por todo o processo em que está inserido. Isso significa que é fundamental trabalharmos no modelo de cogestão, compartilhando saberes, experiências e responsabilidades.
Campos (2001/2003) diz que é preciso ampliar a capacidade das pessoas lidarem com o poder, com a circulação de afetos e com o saber. O Apoiador institucional pode exercer seu papel dentro de qualquer coletivo segundo a perspectiva de Apoio Paidéia, ele conclui. Diversas são os recursos metodológicos para se trabalhar o Apoio Paidéia, um deles é a Roda de Conversa onde todos os participantes se vêem e são inseridos na discussão, fazendo com que o diálogo flua melhor.
Portanto, precisamos repensar nossos modelos de gestão, visando à inclusão dos diversos sujeitos e saberes, em busca de um objetivo que seja traduzido no bem do coletivo. É importante que todos os sujeitos se sintam pertencentes ao processo e ao cuidado.