Humanização Reunida- Coletivo Nacional da PNH mobiliza apoiadores em Brasília-DF
Iniciado hoje, o Coletivo Nacional (CN) de Política Nacional de Humanização (PNH), reúne os apoiadores de todo o Brasil para debater os principais temas da política e os processos em andamento. Além disso, o encontro é uma oportunidade para trocar experiências dos vários coletivos regionais que compõem a PNH.
Foram contempladas discussões como: a Saúde Indígena, a Rede Cegonha, o Projeto Apoio do Ministério da Saúde (MS), entre outros. Pela manhã, a abordagem sobre a Saúde Indígena foi pautada em torno da Criação do Apoio Institucional, a Formação dos Grupos Executivos e a Organização nos Territórios. “É preciso discutir as formas de trabalho para adentrar na relação da saúde do índio, para que isso funcione bem devemos fazer com que a Atenção Básica seja qualificada nos Distritos de Saúde”, afirmou o coordenador nacional da PNH, Fábio Alves.
O apoiador Paulo Moraes trouxe um mapeamento das questões indígenas atuais. Para ele, o foco deve ser o apoio na formação dos apoiadores nos territórios. "Esse momento fortalece a Saúde Indígena e a leva para um nível de total construção e crescimento," disse. A PNH aposta em um modo de fazer coletivo que envolve todos os atores da saúde pública, são eles: trabalhadores, gestores e usuários do SUS.
“Temos que saber lidar com as generalidades. Não defendemos a autogestão, e sim, a Cogestão.”, pontuou o apoiador da PNH, Carlos Gama. O processo cogerido se desdobra nas Diretrizes e nos Dispositivos de uma politica que propõe a Transversalidade.
“Na PNH o poder conversa! O poder circula. E isso ocorre para muito além de nosso espaço. Se aplica em qualquer ambiente que a gente transite,” disse o apoiador, Miguel Maia.A PNH visa à integração do Apoio, com a inclusão da Frente de Mobilização para facilitar esses processos. Assim, o diálogo com as outras áreas é ativado mais facilmente.
Na parte da tarde, destacou-se o tema do Apoio do Ministério da Saúde, com o desdobramento em três eixos, sendo eles: a contextualização sobre o projeto, a análise do apoio pelos coletivos regionais, e para finalizar, uma plenária reflexiva.Discutiu-se a regionalização dos processos, o papel da PNH na Secretaria de Atenção à Saúde (SAS); e a fundamentação para que a Humanização aconteça.
“A PNH tem o papel de garantir a sustentabilidade dos processos que constituem esse projeto em todos os territórios, é exatamente isso que a matriz de nossa politica pauta: operar dentro e fora do MS, por isso somos descentralizados,” afirmou Alves.
Além disso, foram levantados outros pontos como a importância em tematizar a redes e fortalecer o apoio na Atenção Básica. “Uma das maiores singularidades da PNH é a descentralização de seus apoiadores. É isso que faz a Humanização acontecer,” afirmou o apoiador, Pedro Ivo Freitas.
O acúmulo e a potencialidade do grupo são descritas na fala do apoiador, César Ramos: “A ativação das redes dentro da PNH é muito importante. O Coletivo Nacional é o momento propício para confabularmos nossa aposta em se discutir a indissociabilidade da atenção e gestão.”
Esses são alguns dos caminhos apontados por apoiadores e pela coordenação da PNH para a construção de um SUS que dá certo. “Para fazer as mudanças que os SUS ainda precisa, apostamos no apoio e na interlocução de seus atores,” disse a apoiadora, Claudia Matias.
O Coletivo Nacional da PNH se estende até amanhã, e certamente, fará pactuações importantes para o cenário do SUS. As contribuições dos apoiadores e pensadores da humanização são refletidas nos trabalhos de mobilização sustentação de uma politica que há 10 anos tem modificado significadamente a realidade do sistema público de saúde.
Amanhã tem mais!
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Um grupo que trabalha sempre na composição das idéias e propostas, a partir de uma cartografia que inclui as diferenças e conflitos como material imprescindível para a construção do horizonte de trabalho.