A ‘Sala Lilás’ – Compasso da Ouvidoria que insere o cidadão no SUS
Humanautas,
Com muita alegria, tive meu trabalho como Ouvidora do SUS, reconhecido e publicitado.
Costumo dizer que sou 'cria do SUS', posto que iniciei minhas atividades na Saúde Pública em 1988, ano de Carta Magna, ano de cidadania expressa.
Agradeço à cada usuário e cada trabalhador da saúde, que me ajudam a construir aquilo que sou e que me fazem crer num SUS que pode dar muito certo!
Abraços!
Jaqueline Ruza
10 Comentários
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Oi Jacqueline,
Muito boa a produção do vídeo sobre a ouvidoria! Excelente trabalho! Vou compartilhar!
E parabéns pelo reconhecimento como ouvidora do SUS!
AbraSUS!
Por Jaqueline_Ruza
Obrigada, Emília!
Grande beijo!
Por Mah Contri
JAQUELINE GOSTARIA DE AGRADECER PELO COMPARTILHAMENTO DE SEU EXEMPLO, ME INSPIROU MUITO COMO ASSISTENTE SOCIAL A FAZER O NOVO E NÃO TER MEDO DE QUEBRAR PARADIGMAS.. VOCÊ FEZ E FAZ MILAGRES SIM TENHO CERTEZA, NÃO DESANIME NUNCA E QUE DEUS TE RECOMPENSE POR TODO ESSE TRABALHO!!!! UM GRANDE ABRAÇO..
MARINA CONTRI
Por Jaqueline_Ruza
Marina,
Boa tarde!
Fico lisonjeada e muito feliz por inspirar meus pares. Vamos continuar fazendo o SUS dar certo!
Outro grande abraço para você!
Jaqueline
Por Jaqueline_Ruza
Stella, que saudades de você!!
De fato, muita coisa se transformou desde sua visita na unidade.
A construção desse papel de Ouvidor do SUS, tem se dado de forma contínua e crescente atualmente, pois temos grande apoio da atual gestão; mas você bem sabe que, outrora, vivenciamos momentos que exigiram recolhimento e reflexão.
Tuas questões são muito pertinentes e importantes, tentarei respondê-las com base nesse tanto de vivência no papel de Ouvidora.
O maior enfrentamento do cidadão que recorre ao SUS em minha opinião, sem dúvida alguma, diz respeito ao fluxo de atendimento:
- quer pela precariedade na qualidade da informação recebida ou
- quer pela dificuldade de acesso aos serviços (uma vez que os equipamentos de saúde insistem em não se conversar e tornam-se uma rede fria e excludente, ainda muito presa à questão da referência e contra referência de atendimento).
Bairros populosos, como este em que o Hospital se insere, absoluta periferia da Capital; carecem, por exemplo, da formação de equipes fortes em atenção básica em Pediatria; ou de programas preventivos que promovam saúde e conscientizem a comunidade.
Isso recai na necessidade de se elaborar políticas públicas sociais de saúde, norteadas e fortemente embasadas na regionalização da atenção.
O problema salta aos olhos e se confirma nas enormes filas de atendimento que acabam por desaguar nas portas dos Pronto Socorros, sem que os casos sejam, necessariamente, emergenciais.
Essa é uma tecla já descolorida pelo tempo pela recorrência e então eu lhe pergunto: como não atentar à isso, no momento de se moldar os serviços?
Daí surge a importância de se avaliar indicadores, tanto aqueles que referenciam perfis de atendimento, como aqueles que representam a voz do cidadão. Temos informações preciosas, dos pontos de estrangulamento do atendimento: a voz do cidadão tem que ser ouvida atentamente e não apenas tomada como queixa generalizada.
Quando cito 'indicadores' não me refiro apenas à dados numéricos. Não é apenas uma questão quantitativa. Em seu bojo tem a referência qualitativa, essa sim mais preciosa e que deve ser avaliada com dedicação.
Pensando nisso, os espaços de escuta devem ser aprimorados e adequados à realidade local. As equipes devem estar engajadas com a PNH e há de se considerar que, a HUMANIZAÇÃO é orgânica, pulsante e irreversível.
Não sei se respondi às suas questões, minha amiga…
Grande abraço!
Jaqueline
Por wmaxfisio
Parabéns!
Muito inspirador. Vamos passar este video em nosso GTH.
Por Jaqueline_Ruza
Muito obrigada colega!
Fico feliz e lisonjeada com suas palavras.
O SUS pode e tem que dar certo!
Grande abraço,
Jaqueline
Jaque: vamos continuar???
Destaquei uma questão que você coloca no sentido do desrespeito ao cidadão que é:
a dificuldade de acesso aos serviços (que) decorre de:
"os equipamentos de saúde insistem em não se conversar e tornam-se uma rede fria e excludente, ainda muito presa à questão da referência e contra referência de atendimento (….) necessidade de se elaborar políticas públicas sociais de saúde, norteadas e fortemente embasadas na regionalização da atenção"
então, como fortalecemos a regionalização no sentido de avançar nas redes de conversa? GTHs regionais?, Conselhos regionais de saúde? Ouvidorias regionais? .
Evidentemente, qualquer dispositivo escolhido precisa de uma importante participação de usuários e trabalhadores e (como você bem disse) apoio da gestão
Por Jaqueline_Ruza
Stella,
Boa tarde.
Vamos lá… a humanização só se propõe como política, porque ela acaba por não acontecer efetivamente enquanto proposta geral, abstrata e muito distanciada do cotidiano das redes assistenciais.
Por outro lado, nos equipamentos de saúde, as ações quando estão compartimentalizadas, tendem ao isolamento dos serviços e perde-se a oportunidade de se acompanhar o ‘caminhar’ do cidadão.
Vou ‘puxar a sardinha’ para a pauta das Ouvidorias, sem jamais desmerecer as demais instâncias que você mencionou, posto que, somos pares (Todos juntos e misturados).
Ao compreendermos os espaços de Ouvidoria do SUS (regionais/institucionais) como recursos de inclusão e de possível acompanhamento do cidadão; permitimos que o atendimento seja complementado e mais facilmente compreendido pelas partes envolvidas.
A regionalização dos serviços fala dessa autonomia e dessa identificação das necessidades locais de cada comunidade, sem desassociá-las do macro contexto, vinculando-as às necessidades mínimas de atendimento, suporte e promoção da saúde.
A voz do cidadão responde e dá o tom, apontando os pontos a serem tratados e qual o direcionamento do atendimento a ser prestado pelas unidades, pelas regiões e pelo SUS como um todo.
Ouvidores podem ser voz, mas voz que se faça ouvir forte e claramente.
Dados? Temos.
Informações? Temos.
Visão de gestão? Temos também (ou precisamos ter).
Que as rodas de conversa se façam e se legitimem com a presença cada vez mais forte dessas Ouvidorias cidadãs.
Beijos
Jaqueline
Por Stella Maris Chebli
Oi Jaque, legal o trabalho e como você foi transformando o lugar da Ouvidoria no Hospital.
Já visitei você há um ano mais ou menos, fizemos uma reunião com os gestores, contaram sobre os projetos do GTH, lembra???
Agora, com o teu post, me deu vontade de te fazer uma pergunta (já que nós da PNH) estamos repensando e debatendo o tema dos direitos dos usuários.
Me diz: quais os direitos que maiormente são lesados na tua experiencia como ouvidora? E o que você acha que acontece nos serviços do SUS para que essas situações se repitam? Como avançar na humanização cotidiana dos serviços e das gestões, a partir da tua experiencia no Hospital de Taipas?
Abraços e solidariedade para com teu trabalho!
Stella Maris Chebli