3 Comentários
Faça login para comentar e recomendar este post a outros usuários da rede.
Por denise.niy
Tive a oportunidade de ver esse vídeo anteriormente e confesso que fiquei incomodada. Apesar de ser muito bonito e bem-feito e talvez até bem intencionado, causa-me desconforto notar que mesmo no paradigma da humanização a tônica da assistência ao parto seja prescritiva e centrada no profissional médico.
Posso indicar objetivamente alguns questionamentos. Por exemplo, obstetriz é profissional de nível superior qualificada para prestar toda a assistência à saúde sexual e reprodutiva da mulher, ao parto, inclusive. Seu papel não deve, assim, ser confundido com o da doula.
A recomendação para que a mulher adote tais ou tais posições para que o trabalho de parto seja eficaz é temerária, em especial porque para cada pessoa o processo transcorre de uma maneira diferente. Assim, pode-se sugerir que a mulher deambule e mude de posição tanto quanto desejar, mas não é possível afirmar que algumas posições são mais eficazes do que outras.
Da mesma maneira, afirmar que a posição de cócoras ou na banqueta é perfeita para a saída do bebê dá a entender que outras posições para o período expulsivo não são perfeitas, logo, são menos recomendadas, o que não corresponde à verdade. A posição ideal, tanto para o trabalho de parto como para o estágio final do parto, é aquela em que a mulher se sente mais confortável.
Para finalizar, não posso deixar de reparar como o médico tem destaque entre todos os personagens, cabendo apenas algumas cores ao recém-nascido, na cena final. A mulher e o homem aparecem apagados, quase sem fisionomia… imagem que vale mais do que mil palavras. Quem é que está protagonizando esse nascimento?
(Em tempo: entendo que se trata de uma propaganda de um profissional médico. E a pergunta que me faço é: se nem na propaganda ele confere protagonismo à mulher, quando o faz? Será que ele mesmo se deu conta de que em momento algum coloca a mulher como centro da atenção?)
Por patrinutri
Concordo com você em ressaltar a importância do protagonismo da mulher no parto, mas observo também que há momentos em que o profissional de saúde é convocado a atuar por diversas razões e acredito que nesta caso deve estar tecnicamente preparado para intervir da melhor forma possível.
Por isso acredito que um material deste pode ser útil as equipes de saúde para debaterem as diversas possibilidades de atuarem num momento deste.
Grande abraço,
Patrícia
Por Cláudia Matthes
para os grupos de gestantes!
Valeu Pati