“PENSAR EM QUALIDADE É VALORIZAR A TODOS”

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INTRODUÇÃO

Nos serviços de saúde, essencialmente em hospitais, há pacientes portadores de doenças de leve a alta complexidade, por essa razão, continuamente os últimos requerem intervenções imediatas e precisas. A partir do surgimento das terapias intensivas e de novos recursos diagnósticos aplicados à saúde, entretanto nem sempre é possível trazer os procedimentos para o paciente. Assim é necessário transportar o paciente para outra unidade intra-hospitalar. O transporte de pacientes críticos tornou-se inerente às tendências terapêuticas e ao cotidiano da equipe de saúde.

Define-se transporte intra-hospitalar como a transferência temporária ou definitiva de pacientes por profissionais de saúde dentro de o ambiente hospitalar e transporte inter-hospitalar como a transferência de pacientes entre unidades não hospitalares ou hospitalares de atendimento às urgências e emergências, unidades de diagnóstico, terapêutica ou outras unidades de saúde que funcionem como bases de estabilização para pacientes graves ou como serviços de menor complexidade, de caráter público ou privado9.Dependendo das características de cada hospital, pode-se optar pela presença de uma equipe de transporte especializada, tanto para o transporte intra, quanto inter-hospitalar.

Vale destacar que a presença desses profissionais pode diversificar de acordo com a gravidade do paciente. Na perspectiva de Pires, o número de envolvidos deve ser definido pela gravidade do paciente no momento do transporte, sendo, em todo caso, não inferior a dois profissionais. Já para pacientes que estejam hemodinamicamente instáveis, o autor afirma que a equipe deve ser composta minimamente por um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um fisioterapeuta. Além disso, não podemos esquecer a importância do auxiliar de transporte que está diretamente envolvido e o enfermeiro do setor de destino.

É competência do auxiliar de transporte, transportar os pacientes em dependências internas e externas das unidades de saúde, bem como auxiliá-los na sua colocação e retirada de veículos que os transportem. Esses devem estar informados sobre recursos disponíveis nas diversas unidades e material necessário; pois, o número e a gravidade de complicações associadas ao transporte são diretamente proporcionais à falta de preparo adequado; assim se faz necessário a comunicação de forma clara entre a unidade que envia o paciente e a unidade receptora, bem como, o conhecimento da sua estrutura; pontos essenciais para o planejamento de um bom transporte e prevenção de possíveis intercorrências a saúde do paciente.

Esta intervenção foi realizada durante o Estágio Supervisionado do Curso de  Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, desenvolvida pelas alunas Ana Fernanda da Silva,Isabella Fernanda Medeiros da Luz, Laiane Graziela Paulino da Costa, Lisandra do Nascimento Ferreira e Sibele Ferreira de Araújo, alunas do 7 º período, realizada no Hospital Universitário Onofre Lopes, no município de Natal/Rio Grande do Norte (RN), sob a tutoria da Profª Isabel Cristina Araújo Brandão e Profª Themis Xavier de A. Pinheiro, e preceptoria de João Alves de Souza.

A proposta surgiu a partir das vivências desenvolvidas no estágio, onde o grupo decidiu promover como projeto de intervenção uma oficina de treinamento junto aos auxiliares de transporte, visto que estes, apesar da sua importância no processo de trabalho, não são inseridos em atividades de capacitação interna da unidade.

METODOLOGIA

Durante o estágio no Hospital Universitário Onofre Lopes, contribuímos com a elaboração do Protocolo de Transporte Seguro do Paciente. Logo após foi organizada e realizada uma oficina com o tema: "TRANSPORTE SEGURO DO PACIENTE: A importância do auxiliar de transporte nesse processo" realizada nos dias 02 e 03 de Abril de 2014, com a participação de todos os auxiliares de transporte do hospital.

Durante a realização, contamos com a participação do Engenheiro de Segurança do Trabalho da UFRN, que evidenciou a importância do uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s); participação de Farmacêutica do hospital, responsável pelo Núcleo de Segurança do Paciente, apresentando os riscos do ambiente hospitalar. Durante a roda de conversa estava presente a coordenadora de transporte e segurança, junto com a chefia da Divisão de Gestão de pessoas.

O grupo em parceria com todos os colaboradores evidenciou a importância do transporte seguro do paciente mas o espaço foi inédito pois foi possível escutar as experiências e dificuldades enfrentadas pelo Auxiliares de trasporte.

CONCLUSÃO

Foi possível sensibiliza-los quanto a importância da segurança do paciente, apresentando os riscos que estão submetidos no Ambiente Hospitalar, desenvolvido no campo de estágio, como um dos documentos padrão de treinamento dos funcionários, quanto ao transporte seguro.

A criação do protocolo e treinamento dos envolvidos trouxe resultados além do esperado. Os auxiliares de transporte se sentiram valorizados, pelo fato de estar sendo escutados por pessoas além do seu convívio ou por não terem acesso as mesmas.

Também foi possível enfatizar a necessidade de uma educação continuada junto a os auxiliares e desenvolver a escuta continuada a fim de proporcionar à gestão oportunidades de melhoria.

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