Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil
Com o intuito de construir uma agenda propositiva para o próximo ano, a sexta edição do Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil movimentou o Senado Federal, na manhã desta quinta-feira, 13 de novembro, para debater perspectivas, oportunidades e desafios do setor
O evento encerrou as atividades de 2014 do Instituto Brasileiro de Ação Responsável e reuniu representantes da indústria farmacêutica, governo, Congresso Nacional, sociedade civil e profissionais da saúde, para analisar os avanços do setor de medicamentos e perspectivas futuras. OVI Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasilfoi realizado no auditório do Interlegis, no Senado Federal, em Brasília, e contou com moderação do professor e diretor geral do Núcleo de Pesquisa em Alimentos e Medicamentos (NUPLAM) e vice-presidente da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (ALFOB), Carlos José de Lima.
As políticas de apoio e desenvolvimento do mercado farmacêutico, as fontes de fomento e financiamento de novos medicamentos, o ambiente regulatório favorável ao desenvolvimento tecnológico e as perspectivas, oportunidades e desafios para o setor, foram temas de destaque no evento anual. Participaram do fórum, divididos em dois blocos de palestras, os senadores Ana Amélia e Eduardo Suplicy, representantes do Ministério da Saúde, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED-ANVISA), do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (SINDUSFARMA), da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA) e da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (ALANAC). Acesse o release completo. Acesse também o material do evento com galeria de fotos e palestras.
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Por deboraligieri
Cara Denise.
Fico contente por ver temas tão relevantes sendo debatidos nessa conferência, principalmente em relação aos incentivos à produção de medicamentos. Acredito que a solução para melhorarmos o acesso e o preço dos medicamentos no Brasil seja pela via da produção nacional, a partir de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias brasileiras.
Infelizmente não vi nesse seu relato a discussão de contrapartidas para os cidadãos e consumidores em relação ao aumento de incentivos. Houve alguma discussão sobre aumentar a segurança e transparência das informações sobre os efeitos dos medicamentos comercializados e disponibilizados nas redes pública e privada?
No último mês tive contato com dois fatos que me fizeram pensar muito sobre esse assunto, e cheguei à conclusão de que as empresas farmacêuticas poderiam ser mais transparentes em relação aos medicamentos e seus efeitos:
1) juntando a documentação para um cliente receber "atorvastatina" pela rede pública estadual de saúde, fiquei impressionada com a quantidade de formulários e declarações de ciência sobre o risco do medicamento, assinadas tanto pelo médico prescritor quanto pelo paciente. Como tenho diabetes há mais de 20 anos, tomo sinvastatina diariamente, medicamento que é vendido quase como bala em farmácias. Então, fiquei pensando: será o medicamento realmente arriscado e não recebemos essas informações, ou a burocracia estadual do SUS é muito grande (ou ambos)?
2) recentemente publiquei no meu blog um alerta do meu tio Paulo Aligieri, médico pediatra, sobre os prejuízos causados ao desenvolvimento de recém-nascidos em função do uso prolongado de analgésicos pelas lactantes (link para a postagem e boletim do centro de vigilância sanitária de SP: https://deboraligieri.blogspot.com.br/2014/12/analgesicos-para-lactantes-podem-causar.html). Segundo ele, em algumas maternidades de São Paulo as mães saem de alta com receita de lisador como rotina, para analgesia, sem a especificação de uso "se necessário". Em sua atividade de consultório pediátrico, ele tem constatado que os recém-nascidos que tomam leite destas mães ficam sonolentos, não sugam bem e podem não ganhar peso adequado. Se a medicação for administrada apenas por um ou dois dias, ninguém percebe o problema porque o quadro é transitório. Mas, num dos casos que atendeu, a mãe usou lisador durante 8 dias. O bebê nasceu com 3.410g e, na consulta com 9 dias, tinha apenas 2.530g. O perímetro torácico reduziu-se em 5 cm em relação ao medido na maternidade. E este alerta não consta da bula da medicação.
Abraços,
Débora