olhemos as diferenças com olhos de criança
7 Comentários
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enquanto os adultos foram ficando tomados por sentimentos e afecções morais, despotencializados pelo olhar que em vez de incluir, exclui. Por pena.
Por Marcia Moraes
Isa querida,
Não sei se por pena. Para mim, aqueles olhares pareciam despontecializados pela surpresa constrangedora: o que parecia uma brincadeira, e que infelizmente para o mundo adulto muitas vezes nem sequer é con-siderada com seriedade – e, sabemos, brincar é coisa muito séria, de repente convocou, concordo com você, afecções morais, "estragando a brincadeira". Mas afinal, o que nos impede de brincar?
Com carinho,
Marcia
Perfeita a tua colocação da questão.
Por Márcia Roseane
A verdade é que uma criança tem que ser vista como uma criança. Muitas vezes os pais e as pessoas, equivocadamente cobram obrigações que não são das crianças e dos adolescentes. Isto não é algo fácil de ser compreendido, mas precisa se divulgar, que cada etapa de vida, tem suas obrigações.
Abraços.
Por deboraligieri
Muito bacana toda essa discussão que se desenvolveu a partir do vídeo, obrigada por nos trazê-lo aqui, Iza, e por nos proporcionar pensar sobre como nossas afecções morais podem excluir a despeito do nosso desejo de incluir.
Não posso deixar de relacionar com isso também o direito de tratamento isonômico considerando as diferenças das condições de saúde de cada pessoa, pois, da mesma forma que nesse vídeo os adultos não conseguem continuar a brincadeira como as crianças quando se deparam com alguém que não se encaixa num padrão social de normalidade, de forma espelhada, na área da saúde, quando alguém não se encaixa no padrão clínico da doença, muitas vezes não consegue ver seu direito ao tratamento clínico diferenciado garantido. Esse é um dos grandes problemas dos protocolos clínicos do SUS, deixar de considerar as chamadas exceções como parte do todo.
Se no reconhecêssemos todxs como seres humanos, xs adultxs do video continuariam a brincadeira sem maiores problemas, como as crianças fizeram, e pessoas que requerem um tratamento clínico diferenciado do padrão não teriam seu direito à saúde excluído do atendimento pelo sistema público. Essa terrível normatização é quase uma afirmação de que existem seres mais humanos que outros.
Lembrar que somos iguais (em direitos) em nossas diferenças é lutar por uma humanidade mais plural e inclusiva, considerando as individualidades com respeito e sem discriminação.
Beijos,
Débora
Por Marcia Moraes
Obrigada, Débora, pelas suas conexões e reflexões.
Abraços,
Marcia
Por patrinutri
Sim, foi o tempo que nossas preocupações em relação as crianças eram somente não deixá-las mimadas.
Depois lembro das preocupações em eram enchermos os horários com aulas e mais aulas.
E agora vemos crianças transformadas em adultos mirins…
E acabamos olhando para elas com este olhar, cobrando delas atitudes de adultos, reações mais maduras do que precisam, responsabilidades…conhecimentos.
Vamos brincar mais e entender melhor qual deve ser mesmo o comportamento infantil!
Apesar deste vídeo não falar especificamente sobre isso, acabou me despertando esta preocupação também. Me parece que assim como as crianças que não veem as diferenças que os adultos percebem no vídeo, eu também acabei tendo um sentimento diferente do inicial, daí me pergunto … qual foi a diferença? será que foi o modo especial de ver aquela criança, ou foi o ato inesperado de colocar o dedo no nariz?
Bjs Pat