Sete Anos de Rede HumanizaSUS: “A Felicidade Não Se Compra”

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Existe um belo filme chamado “A Felicidade Não se Compra”, dirigido por Frank Kapra em 1946. Nele há uma bela metáfora que peço licença para compartilhar. Numa pequena cidade existe um homem, interpretado por James Stuart, que sempre abriu mão de seus sonhos pessoais em prol da sua comunidade. Ele criou um pequeno banco de fomento onde empresta dinheiro a juros irrisórios para que o máximo possível de pessoas possa realizar os seus sonhos.

O problema é que existe um vilão, um magnata que possui praticamente todos os negócios importantes na cidade menos o banco de fomento. Para adquirir o negócio, ele resolve criar uma situação onde o personagem de James Stuart entra em falência.

Isso tudo acontece na véspera de natal. Desesperado, ele sobe numa ponte e tenta cometer suicídio se jogando no rio caudaloso. Mas enquanto esse drama se desenrola, um anjo no céu pede autorização a Deus para interferir na situação. Nosso anjo precisa realizar uma boa ação para ganhar suas asas.

Quando nosso protagonista se joga da ponte, o anjo imediatamente pula com ele e o salva. Revoltado, o suicida questiona o anjo (que na verdade tomou a forma de um velho) dizendo que ele deveria tê-lo deixado morrer, que sua vida não teve sentido algum, que ele era inútil e infeliz. Melhor não ter nascido, disse ele.

Imediatamente o anjo realiza sua vontade. Leva-o de volta a cidade para mostrar a ele o que teria acontecido na vida de todos se ele não tivesse nascido. E claro, a existência de todas as pessoas teria sido terrível. Homens bons tornaram-se malévolos, pessoas haviam morrido, mulheres se prostituído.

A RHS existe a sete anos. De vez em quando ouvimos pessoas falarem do quanto um texto aqui compartilhado foi importante para mudar de forma positiva o cotidiano do trabalho; ou então uma fala inspiradora nos comentários que motivou as pessoas a dispararem novos movimentos.

Tenho imenso orgulho de fazer parte do grupo de editores cuidadores da RHS. Sabemos hoje que nossa rede faz alguma diferença no SUS. Sabemos que ela é capaz de interferir qualitativamente nos processos sem que haja uma vontade claramente posta para isso, fundamentalmente porque essa vontade coletiva se dá pela alegria, força, crítica e paixão de todos e todas que aqui colaboram.

Os editores são um pouco como o anjo de “A Felicidade Não se Compra”. Interferem por vezes sem que a maioria saiba dessa intervenção, seja sugerindo por email uma imagem para uma postagem, seja fazendo a faxina dos spams que nos assombram cotidianamente.

Mas se a RHS não existisse fundamentalmente pela ação concreta e prática do coletivo que lhe dá vida e movimento, talvez hoje as coisas seriam diferentes, para pior.

Hoje a RHS faz 7 anos de vida e o maior presente é a Rede, viva e intensa pela presença de mais de 31 mil usuários que ajudam a fazer no dia a dia um SUS cada vez melhor!

Deixo com vocês imagens dos “anjos” que auxiiam essa rede. Alguns já não são editores. Outros permanecem até agora e novos “anjos” estão chegando. Ah, não precisamos de asas porque usamos a net para voar!

 

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