Roda de Conversa na Ilha do Combu-Pará
Dando prosseguimento a ação de apoio à equipe da ESF da Ilha do Combu, realizamos hoje uma Roda de Conversa que teve como tema a discussão da Saúde, Política Nacional de Humanização, Acessibilidade e Acolhimento.
Essa ação é uma parceria entre MS, UEPA e SESMA, voltada a apoiar a ESF da Ilha do Combu em relação à Diretriz Acolhimento.
A ilha do Combu, dista 20min de barco da capital paraense e lá, vivem mais de duas mil famílias,distribuídas em 06 micro áreas,algumas de difícil acesso.
A ilha conta com uma ESF que possui uma equipe bastante coesa e com forte vínculo afetivo, que presta, dentro das possibilidades um atendimento diferenciado. Essa ESF conta com um médico há dois anos a partir do PROVAB.
Essa equipe que atua na Ilha, é altamente comprometida com a qualidade da atenção ofertada e esteve em peso participando da Roda.
A presença de usuários também foi grande, demonstrando ser esse, um dispositivo potente e capaz de proporcionar a inclusão e o debate.
Alunos do oitavo semestre do curso de Enfermagem da UEPA, estiveram presentes, sendo deles a responsabilidade da relatoria da Roda.
A proposta de realizar Rodas de Conversa surgiu da necessidade de mobilizar usuários, trabalhadores e gestores para debater sobre as condições de acessibilidade, acolhimento, responsabilização, vínculo e outras questões que surjam da necessidade da comunidade, além de buscar compreender o que provoca vulnerabilidade nessa população ribeirinha.
As dificuldades são enormes em relação à acesso, transporte, exames. Na ilha não há saneamento básico e os moradores expressaram hoje na roda, que já conseguiram algumas melhorias a partir da organização da comunidade, entretanto, esse grupo se encontrava muito desaquecido.
A proposta é que esse movimento se fortaleça para buscar resolutividade nas ações de saúde.
Outra Roda está programada para o dia 20 de Março noutra micro área da Ilha visando contemplar outros moradores.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
E que mostra a capilaridade da política nacional de humanização num espraiamento para muitos territórios.
Esperamos o relato do segundo encontro, dia 20 de março, e de muitos outros que se inventam pela reverberação dos efeitos de rede.